Depois de várias negociações entre o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), a categoria, formada por 18 mil pilotos, copilotos e comissários de bordo de linhas aéreas regulares, aceitou proposta de 5,6% de reajuste salarial, o equivalente à variação da inflação no período. Inicialmente, os tripulantes pleitearam reajuste de 12%, mas na última assembleia baixaram o pedido para 8%. As empresas aéreas, alegaram dificuldades financeiras, mas cederam.
Ficou decidido ainda diversos itens sociais para melhores condições de trabalho, como estabelecimento de piso salarial para copiloto e comandante, previsão de vale alimentação para quem recebe salário líquido até R$ 3.248,01, melhores condições de escala para as tripulantes num prazo de seis meses após o retorno da Licença Maternidade, passe livre (permite que os aeronautas da aviação regular utilizem voos domésticos das empresas congêneres).
Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Marcelo Ceriotti, “em respeito aos usuários do transporte aéreo e pela fragilidade do sistema de aviação brasileira, decidimos cancelar a paralisação, mas vamos continuar nossa busca por melhores condições de trabalho e para o setor. Buscaremos junto ao governo um trabalho conjunto para implementação de melhorias sustentáveis para o sistema de aviação nacional”.