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Estado de Minas

Chuva não impede vendas na Feira de Artesanato de BH

Domingo chuvoso atrapalhou as vendas do comércio de rua na capital, mas milhares de pessoas invadiram a feira da Avenida Afonso Pena na busca por presentes com preços mais baratos


postado em 23/12/2013 06:00 / atualizado em 23/12/2013 08:49

Maria das Graças Carvalho e Rita Maria Ribeiro tiveram um domingo bem diferente. A primeira comemorou as vendas das coloridas roupas de bonecas que ela mesma faz e negocia na Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena: “O faturamento foi cerca de 60% maior do que em um fim de semana comum”. A segunda lamentou pelos poucos clientes que entraram em sua loja de presentes na Rua São Paulo: “Abri o estabelecimento cedo, mas menos de 10 pessoas entraram aqui até agora. E já são 14h30”.


Conclusão: no último domingo antes do Natal, considerado a melhor data do ano para o varejo, a chuva levou os clientes das lojas de rua para os shoppings. O vaivém de consumidores nos principais centros de compras da cidade foi intenso. Mas o que explica a grande quantidade de pessoas que, mesmo debaixo de chuva, foi à feira da Afonso Pena? Uma das respostas pode ser a redução do gasto médio com as compras para o Natal deste ano. Nesse caso, a feira é ótima pedida para mimos e lembrancinhas.

Para se ter ideia, levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH) constatou que 52% dos consumidores vão gastar em média de R$ 30 a R$ 75 neste Natal. No de 2012, o valor havia sido de R$ 100 a R$ 150. “Minhas vendas devem cair 10% neste Natal em relação ao último”, calculou Jussara Trede, sócia da Molokai, no ramo de vestuário. A loja fica na Rua Rio de Janeiro, bem em frente à entrada do Shopping Cidade, onde o movimento foi grande. “Minha sugestão para melhorar o comércio é a redução de impostos nos produtos. Se mudar a carga tributária, a venda começa a girar”, acredita a lojista.

Situação semelhante ocorreu na Savassi, onde comerciantes avaliaram que perderam parte da clientela para o shopping Pátio Savassi. “O movimento foi abaixo do esperado. O pessoal, em dias de chuva, dá preferência aos shoppings”, disse Rosana, funcionária da Fiki Pize, especializada em calçados.

SEM TEMPO RUIM Por sua vez, o movimento de homens e mulheres na Avenida Afonso Pena animou os feirantes. A Polícia Militar estimou aumento de 5 mil a 10 mil pessoas no local. “Em um fim de semana normal, a população fixa (comerciantes, empregados etc) gira em torno de 10 mil homens e mulheres. Já a flutuante (consumidores) é de mais ou menos 30 mil. Hoje (ontem), a população fixa continua em cerca de 10 mil, porém a flutuante está em torno de 35 mil a 40 mil”, informou o aspirante Jakson, responsável pelo policiamento no local.

O militar fez questão de ressaltar que até por volta do meio-dia não havia registrado nenhuma ocorrência grave. “Aumentamos o efetivo na região e fizemos um trabalho de prevenção, com informações”. A presença de mais policiais na feira beneficiou usuários e trabalhadores. Uma base móvel da corporação ficou próxima à barraca de Maria das Graças, a fabricante e vendedora de roupas de bonecas. Em frente à banca dela, centenas de adultos e crianças caminharam com sacolas em uma mão e a sombrinha ou guarda-chuva na outra.

Também houve casais que dividiram a proteção contra a chuva. Foi o caso de Vinícius Freitas, que ganha a vida como professor, e Geiska Marmo, bancária. Eles chegaram cedo à feira, pesquisaram preços e qualidade de produtos e levaram algumas sacolas com  lembranças para parentes e amigos. “O gasto médio foi de R$ 50 por presente”, calculou o rapaz enquanto Geiska observava as mercadorias vendidas por Geraldo Perez e o filho, Alan.

Os dois comerciantes produzem bolsas e outros artigos de couro. Para eles, ontem foi um dia lucrativo, mas o domingo anterior foi ainda melhor. A explicação é a seguinte: boa parte dos clientes de Geraldo e Alan é formada por revendedores do interior. Para quem mora longe da capital, é mais vantajoso comprar na feira com mais antecedência.

NO MINEIRINHO

A Feira do Mineirinho, promovida nas instalações do estádio aos domingos e quintas-feiras, funcionará hoje das 17h às 22h, para atender as compras de última hora motivadas pelo Natal. São mais de 400 estandes sob área coberta, que oferecem bijuterias, objetos de decoração, roupas, calçados, cintos e bolsas. O endereço é Avenida Antônio Abrahão Caran, 50.


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