Na véspera do Natal, boa parte dos mercados financeiros globais permaneceram fechados ou operaram em horários reduzidos. No Brasil, a BM&FBovespa não abriu nessa terça-feira, o que impediu os negócios com ações e com derivativos em geral, entre eles os contratos futuros de dólar. Mas a negociação da moeda norte-americana no mercado à vista entre bancos e corretoras ocorreu até as 11h30, o que fez o dólar oscilar ante o real.
Assim, depois da queda de 0,84% registrada na segunda-feira, o dólar fechou em baixa de 0,17% no mercado à vista ontem (24), cotado a R$ 2,3570. Em dezembro, a moeda americana acumula uma alta de 0,90% ante o real e, no ano, o avanço chega a 15,26%.
Apesar do horário reduzido de negócios, o giro financeiro chegou a US$ 554 milhões. A movimentação foi decorrente dos interesses que envolveram a formação da Ptax - taxa de câmbio oficial calculada pelo BC.
Isso porque a cotação será a referência para a liquidação, amanhã (26), dos contratos do leilão feito na última segunda-feira (23). Na operação, o Banco Central vendeu todos os 10 mil contratos de swap cambial ofertados na segunda-feira, dentro de sua programação de intervenções diárias, no valor de US$ 496,1 milhões. Os leilões de swap cambial são operações que equivalem à venda de dólares no mercado futuro.
“Não teve nada de fluxo e o comportamento da cotação do dólar seguiu descolado do exterior, pois lá fora a moeda norte-americana está um pouco mais forte. A movimentação no mercado doméstico ficou por conta da Ptax do leilão”, explicou um operador de tesouraria ouvido pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
Foram feitas nessa terça-feira apenas duas coletas da Ptax, que fechou a R$ 2,3554, com queda de 0,64% em relação ao fechamento de segunda-feira (R$ 2,3706). Em sessões normais, o BC costuma fazer quatro coletas para definir a Ptax do dia. Amanhã, o mercado volta a funcionar normalmente, inclusive com negócios nos segmentos de ações e juros. As informações são do