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Estado de Minas

Sem barreira para os gastos no exterior


postado em 26/12/2013 00:12 / atualizado em 26/12/2013 06:07

Se ao fim de dezembro as despesas de brasileiros no exterior com viagens crescerem no ritmo da média dos últimos 12 meses, ao longo de 2013 terão avançado 14,2% em comparação com o ano passado. Os cálculos foram feitos pelo economista e consultor Felipe Queiroz com base nos dados do Banco Central (BC). De acordo com ele, mesmo com o dólar valorizado frente ao real, a demanda de brasileiros por viagens internacionais e, em consequência, gastos no exterior, é crescente . “O que conta mesmo são os gastos com turismo e cartão de crédito”, explica.

Somente entre janeiro e novembro, o montante destinado ao turismo no exterior, que leva em conta as compras feitas com cartão de débito e em dólares ou outras moedas (adquiridas no Brasil), cresceu 19,9% frente a todo o ano de 2012. “O que leva os brasileiros a gastar muito no exterior é o custo absoluto, ou seja a diferença discrepante entre o preço de um produto no Brasil e o cobrado nos Estados Unidos, por exemplo. Isso sem contar outros fenômenos, como as grandes liquidações”, explica Queiroz.

Segundo o BC, as despesas no exterior somaram US$ 23,125 bilhões nos 11 primeiros meses deste ano. Em comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 20,244 bilhões), houve um aumento de 14,2%. Para Alcides Leite, professor da Trevisan Escola de Negócios, esse fenômeno é crescente mesmo com a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações com cartão de crédito e com a desvalorização do real. Isso ocorre, segundo ele, porque a economia está crescendo pouco, mas a renda continua em expansão e o desemprego é baixo.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no país recuou de 5,2% em outubro para em 4,6% em novembro, a menor da série histórica iniciada em 2002. Núbia Maria Montalvão, funcionária pública, embarcou com quatro pessoas para Orlando para passar o seu segundo Natal na cidade. “Vou aproveitar para fazer umas comprinhas básicas, de produtos como eletroeletrônicos e um iPhone novo. Planejei gastar US$ 5 mil em compras”, observa, comprovando que o IOF e o dólar mais caro frente ao real não são capazes de frear o consumo de brasileiros nos EUA. (ZF)


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