A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) informou nesta quinta-feira, 26, que as vendas no Natal de 2013 cresceram 5% em relação a igual período do ano passado, o pior desempenho em cinco anos. O segmento de Perfumaria e Cosméticos reportou a maior alta, com expansão de 10%. Em contrapartida, o setor de Vestuário registrou aumento de apenas 2% no período.
Segundo a Alshop, as vendas no Natal foram afetadas pelo maior endividamento das famílias, pela menor disponibilidade de crédito e pela alta de inflação. O conjunto de fatores, diz a Associação, fez que os gastos com presentes de Natal em 2013 fosse inferior aos dos anos anteriores.
Ano
A Alshop informou ainda que as vendas em shoppings registraram uma alta de 8% em 2013 na comparação com o ano passado. No ano, as vendas nos centros de compras totalizaram R$ 132,8 bilhões em todo o País.
Segundo a associação, a abertura de 38 shoppings ao longo do ano e a expansão dos já existentes motivaram o crescimento deste ano. A quantidade de lojas em shopping ao final de 2013 totalizou 129.900, o que representou um aumento de 14,6% em relação a 2012.
Serasa
As vendas de Natal subiram 2,7% em todo o Brasil entre os dias 18 e 24 deste mês, ante igual período de 2012, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. Esse foi o desempenho mais fraco desde 2003, quando o levantamento foi iniciado. No fim de semana anterior ao Natal, entre os dias 20 e 22, as vendas do setor avançaram 2,1% em relação ao período correspondente do ano passado.
Na cidade de São Paulo, as vendas do Natal apresentaram um avanço próximo ao registrado em nível nacional, pois subiram 2 4% na semana e exibiu um incremento de 1,8% no fim de semana véspera do Natal.
De acordo com economistas da Serasa Experian, o fraco resultado das vendas de Natal deste ano foi provocado basicamente pelo aumento dos juros dos financiamentos ao consumidor, gerado pelo movimento de elevação da Selic adotado pelo Banco Central desde abril. A redução da confiança das famílias na economia e o nível de endividamento dos consumidores também colaboraram para estes números baixos.