A volatilidade do mercado brasileiro não afetou somente o ânimo dos investidores que se arriscam na bolsa de valores. O mercado de renda fixa mostrou que também pode ser arriscado e alguns fundos de renda fixa chegaram a se desvalorizar 10% no ano. O resultado foi que a aplicação, voltada principalmente para títulos públicos indexados à inflação, ficou entre os piores investimentos do ano. Na média, renderam 5,26%. Menos do que a caderneta de poupança ou os fundos DI.
É por isso que os gestores recomendam que quem está nestes fundos não deve sair, pois no longo prazo eles recuperam as perdas. O gestor de renda fixa da Rio Bravo Investimentos, Alexandre Fernandes, diz inclusive que estes papéis são boa opção para o longo prazo, principalmente para os fundos de pensão que têm metas atuariais. Estes títulos pagam hoje IPCA mais 6% ao ano. Para se ter uma ideia, eram vendidos a IPCA mais 2% ao ano no início de janeiro.
No curto prazo, entretanto, ele lembra que os fundos DI podem ser a melhor opção, já que existe a perspectiva de que o Banco Central continue elevando a taxa de juros. Estes fundos, ao contrário dos de renda fixa, acompanham exatamente o comportamento da Selic. Se a Selic sobe, eles sobem junto. Mas Fernandes lembra que isso vale para aplicadores de maior porte que conseguem taxas de administração baixas.
Fundos DI
Os fundos DI para pequenos investidores, que têm taxas de administração de até 4% ao ano, tiveram um dos piores desempenhos rendendo 5,03% no ano. Só perdendo para o Ibovespa e para o ouro, que caiu 17%.
O dólar foi a grande vedete do ano subindo mais de 15%. Mas as opções para aplicar diretamente na moeda são poucas, restritas a fundos cambiais. Uma opção são os fundos multimercados, que podem fazer apostas na moeda.