Investimentos com livros e materiais escolares devem subir 10,4% em comparação a 2012 e os gastos com matrículas e mensalidades vão aumentar 7,7% avaliando os mesmos dois anos, sendo que a concentração maior dos gastos é na região Sudeste do Brasil. É o que aponta o instituto de pesquisa O Data Popular.
“Em 2012 os gastos com materiais escolares foram da ordem de R$ 13 bilhões e nesse ano serão de R$ 14,4 bilhões. Já as matrículas e mensalidades subirão de R$ 53,8 bilhões em 2012 para R$ 57,9 bilhões nesse ano. O aumento do número de estudantes em escolas e universidades privadas, a expansão de cursos extracurriculares e a inflação do setor de educação maior do que o IPCA contribuem para o crescimento”, destaca Renato Meirelles, presidente do instituto.
A classe média, que representa a maioria dos estudantes brasileiros, será a que mais sentirá no bolso esse aumento. “42% do total dos gastos com materiais escolares, R$ 14,4 bilhões, serão realizados pela classe média, ou seja, aproximadamente R$ 6 bilhões, contra R$ 6,2 bilhões da classe alta, que representa 15% do total de estudantes e R$ 2,2 bilhões da classe baixa, representando 37% do total”, ressalta o executivo.
Segundo dados do IBGE, desde 2009 os valores dos produtos em educação subiram mais do que a inflação sendo que os picos aconteceram nos últimos três anos – 2011: 8,06% de aumento dos produtos contra 6,50% de inflação; 2012: 7,78% contra 5,84%; e 2013: 7,94% contra 5,91%.
Apesar dessa constância, o brasileiro não encara educação como gasto mas, sim, como investimento, e acredita no retorno disso. “Cada ano de estudo impacta em 15,7% a mais no salário médio dos brasileiros, ou seja, estudou mais, tem salário melhor. Por mais que cada vez seja mais caro investir em educação, também é verdade que é um investimento com retorno garantido”, acrescenta Meirelles.