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Estado de Minas

Presidente da Petrobras diz que companhia dobrará produção até 2020

Segundo Graça Foster, volume ainda será triplicado até 2035, com 6 mi barris/dia. País deve se tornar sexto maior produtor


postado em 23/01/2014 06:00 / atualizado em 23/01/2014 07:37

Davos (Suíça) – A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse nessa quarta-feira, durante debate sobre o panorama global do setor energético, no Fórum Econômico Mundial de Davos, que a companhia vai dobrar a produção até 2020 e triplicar até 2035, chegando à produção de 6 milhões de barris por dia. O Brasil deve se tornar o sexto maior produtor de petróleo do mundo, depois da Arábia Saudita, dos Estados Unidos, da Rússia, do Iraque e Canadá.

Graça Foster lembrou que 68 empresas privadas também participam da exploração do petróleo no Brasil, citando entre elas Chevron, BP, BG e Total. Segundo a executiva, o fato de que 95% do investimento da Petrobras é feito no Brasil está ligado ao aumento do consumo no país, pelo processo de inclusão social, e pelas grandes descobertas do pré-sal. Para ela, esses fatores justificam o gigantesco aporte da estatal petrolífera no país, de US$ 236 bilhões em cinco anos.


Na Suíça, a executiva traçou um panorama otimista do setor de petróleo e gás no Brasil, considerando "fantástico" o break-even (custo a partir do qual há lucratividade) de US$ 54 do pré-sal, dizendo que o arcabouço regulatório é muito claro, enfatizando a participação de dezenas de empresas estrangeiras e afirmando que as regras de conteúdo local são um desafio, mas que vem sendo enfrentado com flexibilidade. Graça Foster mencionou também dificuldades, como atrasos em portos que afetam a entrega de plataformas construídas fora do país. A presidente da Petrobras disse que a empresa está aberta a ganhar dinheiro com fontes renováveis e etanol, mas que esta não é a prioridade.

No debate, que contou com a participação de especialistas e executivos do setor energético, como Fatih Birol, economista chefe da Agência Internacional de Energia, e Ulrich Spiesshpfer, principal executivo do grupo ABB, houve concordância em que o preço do petróleo deve ficar relativamente estável em torno de US$ 100 o barril, a curto e médio prazos. O principal executivo da empresa chinesa de energia solar Trina, Geo Jifan, ainda mencionou a queda de mais de 80% no custo dessa fonte energética, que deve subir de 9% para 15% da energia consumida na China até 2020.

Outros temas da discussão no debate foram os problemas regulatórios que encarecem a energia na Europa (inclusive as exigências sobre fontes renováveis), a projetada virada dos Estados Unidos de importador para exportador de petróleo e gás, o desvio de grande parte da demanda mundial para a Ásia e os esforços japoneses em termos de eficiência energética e novas tecnologias em reação ao desastre de Fukushima.

Crítica exagerada

Para o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, a recente crítica do mercado financeiro à economia brasileira tem certa "dose de exagero". Presente em Davos, o executivo reconhece que analistas estão mais críticos com alguns pontos da economia, mas diz que é possível "exorcizar" preocupações dos investidores. "Por mais que o Brasil possa viver algum momento em que se tem um debate um pouco mais pessimista, o contato que fizemos ontem (terça-feira) com investidores mostra que ninguém quer ficar fora do Brasil", resume. A presidente Dilma Rousseff vai participar pela primeira vez do Fórum Econômico. Amanhã, às 14h15, está previsto um discurso em Davos da mandatária brasileira.


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