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Estado de Minas

Ritmo de alta da Selic depende da inflação, diz Tendências Consultoria


postado em 23/01/2014 12:31 / atualizado em 23/01/2014 13:04

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada no início da manhã desta quinta-feira, mostra que o Banco Central não se comprometeu em reduzir o ritmo de alta da taxa básica de juros já na reunião de fevereiro, na avaliação da economista Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria Integrada.

"O BC adicionou um termo dizendo que a inflação está mais resistente do que o previsto e também indicou que a preocupação com o câmbio permanece", disse. Segundo ela, a decisão de fevereiro mais do que nunca estará condicionada ao comportamento dessas duas variáveis. "Vai depender dos dados."


Um resultado "ruim" do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em janeiro e uma piora do câmbio, de acordo com Alessandra, levariam a um aumento de 0,50 ponto porcentual da Selic na reunião de fevereiro (para 11% ao ano), sem encerramento do ciclo de aperto monetário. Já a melhora da inflação e um cenário "mais tranquilo" de câmbio, com o dólar na faixa dos R$ 2,36, motivariam uma avanço de 0,25 ponto (para 10,75%) e o encerramento do ciclo. "Mas, em linhas gerais, a ata é mais hawkish do que dovish, com espaço maior para a subida de juros."

Alessandra não acredita que o resultado do IPCA-15, que ficou em 0,67% em janeiro, abaixo do piso das estimativas do mercado, seja suficiente para diminuir o alerta com relação à inflação e contribuir para o encurtamento da trajetória de aperto monetário. "Não adianta analisar somente o indicador cheio. O número veio bom, mas a leitura ainda é muito ruim, tanto no se que se refere aos núcleos quanto ao índice de difusão", explicou.

Ainda segundo a economista, a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff não deve ser um impedimento para a continuidade da alta da Selic. "A presidente vai olhar mais a inflação e tem deixado claro que deu esse espaço para o Branco Central." Segundo Alessandra, Dilma não quer que a inflação seja um "risco" ou um tema de discussão na campanha. "Por isso há um espaço maior para o BC elevar os juros. Em termos eleitorais, o patamar da Selic é menos importante do que a inflação."

Atividade interna

Alessandra também destacou a mudança que a ata trouxe na avaliação sobre a atividade interna. "O documento mostra que o Banco Central vê um crescimento estável para 2014, e antes, na ata anterior, a percepção era de um crescimento intenso para este ano", afirmou. "Traduzindo para a política monetária, significa que o BC entende que a atividade não deve ser um fator de pressão tão grande para a inflação."


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