O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, avaliou o discurso da presidente Dilma Rousseff como "auspicioso" para o setor bancário. Logo após a fala da presidente brasileira no Fórum Econômico Mundial, em Davos, o banqueiro classificou o conteúdo apresentado por Dilma como "auspicioso na direção da competição bancária".
"A visão é que a presidente quer bancos estrangeiros, privados nacionais e estatais", disse Trabuco. Para o presidente do Bradesco, instituições financeiras públicas têm papel relativamente distinto das casas privadas. "Bancos públicos são mais adequados nas políticas anticíclicas. Quando essas fases passam, existe possibilidade de redirecionar o funding", disse.
Diante da expectativa de analistas de que Dilma poderia emitir um sinal mais forte para a política fiscal, Trabuco sinalizou que não esperava indicação desse tipo. "Davos talvez não exista para fazer alteração de direções, mas serve para reafirmar princípios e valores. E ela reafirmou que o governo tem uma crença muito grande nas parcerias entre o público e o privado. Esse é o lado ideológico destacado", disse.
Trabuco comentou ainda que o discurso, no geral, teve "conteúdo protocolar e conteúdo político". "Mas ela teve a possibilidade de dar algumas mensagens ao público de Davos", disse.