A presidenta Dilma Rousseff disse hoje, ao participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que os investimentos do governo em infraestrutura têm o objetivo de enfrentar os gargalos gerados por décadas de subinvestimento, agravados pelo aumento da demanda da população nos últimos anos. Ela citou como exemplo as parcerias público-privadas estabelecidas para investimentos na área, especialmente as concessões no setor energético, e em melhorias urbanas e sociais.
“O objetivo é somar recursos, aumentar a eficiência e aperfeiçoar a gestão dos serviços associados a essas obras. Os consórcios privados que vêm participando das concessões são integrados a grandes empresas nacionais e internacionais”, explicou a presidenta, lembrando os leilões de rodovias, as obras em aeroportos e o novo marco regulatório para o sistema portuário, a Lei dos Portos.
Sobre o sistema de transportes, Dilma ressaltou a importância da melhoria das linhas ferroviárias para suprir a demanda gerada pela exportação de minérios e grãos. Ela lembrou que em 2014 será feito o primeiro leilão de ferrovias para a Região Centro-Oeste. Em relação à mobilidade urbana, citou os investimentos de US$ 62 bilhões (R$ 147,2 bilhões) em metrôs, monotrilhos e nos veículos leves sobre trilhos (VLTs). “Um dos maiores desafios é criar essa malha rodoviária, moderna e compatível com o tamanho continental do país”, disse.
Segundo a presidenta, com o leilão do Campo de Libra, do pré-sal, em 2013, a estimativa é a de que sejam mobilizados US$ 8 bilhões (cerca de R$ 19 bilhões), valor que incidirá sobre toda a cadeia produtiva de petróleo e gás natural.
A destinação dos royalties do petróleo à educação também foi tema do discurso. “Vamos transformar uma riqueza finita em um patrimônio perene para população: a educação. Essa alquimia, de transformar petróleo em conhecimento, beneficiará nossa estrutura produtiva. Trabalhadores bem-formados, gerando mais produtividade, conseguem aplicar conhecimento e inovação”, acrescentou.