Os investimentos estrangeiros diretos (IED) no país, que vão para o setor produtivo da economia, não foram suficientes para financiar o déficit das contas externas, em 2013, de acordo com dados divulgados hoje pelo Banco Central (BC) .
Quando o país tem déficit em transações correntes, precisa encontrar fontes para financiar o resultado negativo. O IED é considerado a melhor forma de financiamento por ser de longo prazo, mas há também investimentos estrangeiros em ações, títulos de renda fixa e empréstimos.
O IED totalizou US$ 64,045 bilhões, que corresponde a 2,88% do PIB (Produto Interno Bruto). O resultado é menor que o de 2012, quando totalizou US$ 65,272 bilhões (2,90% do PIB). Já o saldo negativo das transações correntes (compras e vendas de mercadorias e serviços do país com o resto do mundo) ficou em US$ 81,374 bilhões, recorde na série histórica do BC, iniciada em 1947. O déficit corresponde a 3,66% de tudo que o país produziu em 2013, pior resultado desde 2001 (4,19%).
Apesar disso, o chefe adjunto do Departamento Econômico do BC, Fernando Rocha, destacou que o déficit em transações correntes “foi majoritariamente financiado pelo ingresso de investimento estrangeiro direto, que são capitais de longo prazo”.