O mercado financeiro voltou a apresentar um viés negativo para a atividade neste e no próximo ano, conforme o relatório de mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, pelo Banco Central. De acordo com o documento, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá ter expansão de 1,91% em 2014 ante perspectiva de avanço de 2,00% previsto da semana passada e vista também um mês antes. No caso de 2015, as previsões foram alteradas de 2,50%, como estavam também quatro semanas atrás, para 2,20% agora.
A estimativa para a expansão da produção industrial foi mantida em 2,2%, este ano, e ajustada de 2,89% para 2,95%, em 2015. A projeção das instituições financeiras para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB segue em 34,80%, em 2014, e em 35%, em 2015.
Ainda de acordo com a pesquisa do BC, a previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) caiu de US$ 9,1 bilhões para US$ 8 bilhões, este ano. Para 2015, a previsão segue em US$ 12 bilhões. A estimativa para o saldo negativo em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) foi ajustada de US$ 72,15 bilhões para US$ 73 bilhões, em 2014, e de US$ 70,6 bilhões para US$ 71,45 bilhões, em 2015. A projeção para a cotação do dólar segue em R$ 2,45, este ano, em R$ 2,50, em 2015.
Na última sexta-feira, o BC informou que o déficit em transações correntes fechou 2013 com o recorde de US$ 81,374 bilhões. Em relação ao PIB, esse déficit correspondeu a 3,66%, o pior resultado desde 2001 (4,19%). O investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) não foi suficiente para cobrir o saldo negativo. Em 2013, esses investimentos totalizaram US$ 64,045 bilhões, o que correspondeu a 2,88% do PIB. Para 2014, a previsão das instituições financeiros para o investimento estrangeiro direto caiu de US$ 60 bilhões para US$ 57,5 bilhões. Para 2015, a projeção segue em US$ 60 bilhões.
Com agências