Os projetos ousados de ampliação e construção de templos suntuosos, a propagação do nome do pastor e da igreja pelo país e no exterior, a compra de emissoras de rádios e de espaços na televisão: todo o avanço conquistado pelos evangélicos tem um alto preço. Para que os projetos deem certo, os líderes das congregações contam com as benções celestes e as ajudas terrenas. Como nas demais religiões, a maior parte da receita gospel vem das doações, espontâneas ou estimuladas.
“Uma pessoa, até mesmo sem estudos, pode transformar um cômodo em igreja, sem estar ligado a qualquer entidade”, observa. Os templos são mantidos com doações de fiéis que reservam pelo menos 10% do salário para a igreja. Algumas delas já trabalham com carnês, que podem ser pagos mensalmente e em outras, como na Batista do Barro Preto, não são cobrados valores pré-determinados. “Faz parte da nossa cultura e está escrito na bíblia que devemos reservar parte do nosso salário para a obra do Senhor. Os membros da igreja contribuem livremente com 10% do salário, não é uma mensalidade, o que manda é a consciência do cristão”, afirma Valquimar.
De acordo com o pastor, as despesas da Igreja Batista Histórica são pagas com as doações e a cada dois meses os membros da congregação se reúnem para discutir o que pode ser feito com os recursos. Do total, 10% são repassados à convenção Batista Mineira, que comanda as 137 igrejas Batistas Históricas de Belo Horizonte, as quais somam mais de 30 mil fiéis na capital, 140 mil no estado de mais de dois milhões no Brasil. A Igreja Batista da Lagoinha e a da Floresta são independentes.