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Estado de Minas

Indústria de bebidas deve gerar mais de mil novos empregos no Estado

Minas Gerais terá reforço na produção de café e refrigerantes, nas cidades de Uberlândia e Piumhi


postado em 30/01/2014 06:00 / atualizado em 30/01/2014 07:27

Investimentos de R$ 160 milhões foram anunciados, nessa quarta-feira, em Minas Gerais pela indústria de bebidas, com a promessa de gerar 1.260 empregos diretos e na cadeia de fornecedores e prestadores de serviços ao setor. A Uberlândia Refrescos, empresa fabricante e distribuidora da marca Coca-Cola no Triângulo Mineiro, vai investir R$ 130 milhões em uma planta de refrigerantes e um centro de distribuição. A unidade permitirá aumentar a atual capacidade produtiva em 71,4% e cederá espaço na fábrica em operação para o engarrafamento de outros produtos, como água, sucos e café. Em Piumhi, no Centro-Oeste do estado, a Qualy Marcas Comércio e Exportação de Cereais, responsável pelo Café Seleto, processará o grão para exportação.

Representantes das duas empresas firmaram protocolos de intenção dos investimentos com o governador de Minas, Antonio Anastasia. A linha de refrigerantes da Uberlândia Refrescos terá capacidade para produzir 60 milhões de caixas por ano, cada uma contendo 24 garrafas de 237ml. A empresa está, hoje, limitada a um volume anual de 35 milhões de caixas. Além da nova fábrica, que ocupará 640 mil metros quadrados, a companhia anunciou a construção de um centro de distribuição para atender os cerca de 20 mil clientes do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas.

Segundo o presidente-executivo da Uberlândia Refrescos, Alexandre Lacerda Biagi, a planta terá condições de fabricar todo o mix de embalagens. Ao todo, 500 vagas de emprego devem ser criadas, sendo 300 diretas e 200 na cadeia de fornecedores e prestadores de serviços. O investimento reforça a presença da Coca-Cola em Minas, tendo em vista a proximidade da inauguração da fábrica da Coca-Cola Femsa, maior franquia da marca no mundo, em Itabirito, na Região Central do estado, que deverá entrar em operação no ano que vem. O orçamento é de R$ 250 milhões.

Biagi atribui os investimentos em Uberlândia e Itabirito à expansão da classe C no país. “Nosso negócio é de moedinha. E as pessoas estão com mais moedinhas para gastar”, disse em alusão ao preço do produto. Hoje, de acordo com ele, Uberlândia tem o terceiro maior consumo per capita do país, de 380 garrafas por ano.

A Qualy Marcas anunciou aporte de R$ 30 milhões numa planta de processamento de café em Piumhi, local que facilitará a logística da empresa pelo fato de o estado reunir a maioria dos cerca de 400 produtores que fornecem o produto à empresa exportadora. A estimativa é de que 760 postos de trabalho sejam gerados. “Em vez de exportarmos café in natura, vamos beneficiá-lo, agregando valor”, afirmou o presidente da Qualy, Rogério Júlio Soares Ferreira.

Apesar de o Brasil figurar entre os maiores produtores de café, boa parte da produção nacional é composta de grãos crus, o que, inclusive, obriga o país a importar o produto manufaturado. “O nosso consumo se sofistica”, afirma a secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck.  

UNILEVER
Houve um erro de comunicação da Unilever, ao anunciar a construção de uma planta em Minas, de acordo com Dorothea Werneck. Em Davos, na Suíça, durante o Fórum Econômico Mundial, o diretor-executivo da companhia, Paul Polman, informou à presidente Dilma Rousseff que nova unidade seria construída no estado. A secretária estadual de Desenvolvimento Econômico informou que a única planta da Unilever prevista para o país será erguida no interior de São Paulo, tendo sido inaugurado recentemente em Pouso Alegre, no Sul mineiro, o centro de distribuição da empresa.


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