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Estado de Minas

Inflação afeta setor de serviços, diz consultor


postado em 30/01/2014 13:37

Rio, 30 - O cenário macroeconômico incerto é o principal fator por trás das recentes oscilações na confiança do empresário do setor de serviços, na avaliação do economista Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O instituto informou nesta quinta-feira, 30 que o Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 0,9% na passagem de dezembro para janeiro, na série com ajuste sazonal, após um avanço de 1,7% em dezembro, na mesma base de comparação.

"Essa oscilação tem a ver com o cenário macroeconômico mais geral. Está havendo o aperto da taxa de juros, a inflação ainda está causando preocupação e, principalmente em serviços, temos um consumidor mais moderado", resumiu Sales.

Segundo o consultor, no caso do setor de serviços, a turbulência nos mercados emergentes mundo afora, com impactos diretos no câmbio, tem efeito limitado na confiança dos empresários. O principal ponto de incerteza é a demanda do consumidor.

Nesse caso, a inflação pressionada e um mercado de trabalho chegando ao limite em termos de expansão do emprego e da renda dificultam apostas em crescimento da demanda. "Entramos 2014 com o mesmo quadro de 2013, com uma tendência declinante e com um desenvolvimento (do índice de confiança) abaixo da média histórica", afirmou Sales.

Quando a série histórica do ICS é olhada pela média móvel trimestral, as oscilações recentes mês a mês resultam em estagnação. A média do trimestre encerrado em janeiro aponta alta de 0,1%, enquanto, nos três meses terminados em dezembro, foi registrado avanço de 0,3%.

O ICS de janeiro registrou 117,2 pontos, enquanto a média histórica é de 124,0. Desde a virada de 2012 para 2013, o indicador vem se mantendo abaixo dessa média.

Sobre o fato de o Índice de Expectativas (IE-S), com queda de 2,0%, ter puxado o recuo no ICS, apesar da alta de 0,6% no Índice de Situação Atual (ISA-S), Sales chamou atenção para as incertezas na economia. Esse nível de incertezas impactam a confiança no futuro.

No entanto, o economista ainda acha cedo vislumbrar nesse comportamento das respostas à sondagem quaisquer receios em relação a manifestações de rua ao longo de 2014 ou aos impactos da Copa do Mundo nos negócios.


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