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Estado de Minas JANEIRO

Inadimplência recua, mas belo-horizontinos não sabem planejar renda

Pesquisa aponta que as mulheres são as campeãs nas dívidas


postado em 30/01/2014 18:01 / atualizado em 30/01/2014 19:10

O endividamento dos belo-horizontinos recuou 5,6% em janeiro e a taxa de inadimplência caiu 0,3%, em relação a dezembro de 2013, mas a falta de planejamento da renda familiar ainda é um problema para o consumidor. É o que aponta pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela Fecomércio Minas.

Os dados mostram que as mulheres são as campeãs nas dívidas. Entre os consumidores entrevistados, 68,4% afirmaram ter uma renda de 2 a 5 salários mínimos e 68,3% diziam ter um trabalho remunerado. Em relação ao comprometimento da renda familiar, 29,4% evidenciaram ter dívidas que absorvem de 31% a 50% da renda. Resultado abaixo do apurado em dezembro de 2013, em que o índice era de 33,5% dos participantes. Já 35% estão com a renda comprometida entre 10% e 30%, apresentando recuo de 1,8% em relação ao mês anterior. Em relação aos consumidores inadimplentes, 58,5% tem renda de 2 a 5 salários mínimos, 49,3% estão desempregados e 36,8% são assalariados


A pesquisa também apurou que 15,5% dos consumidores estão com as contas atrasadas. Em janeiro de 2013 a taxa corresponde a 11,2%, mas em relação a dezembro houve recuo de 1,5%. Recorrente nas pesquisas, o motivo para a falta de pagamento das dívidas é a falta de planejamento, com 50%, em segundo lugar , aparece o desemprego, com 32,1%. Os que planejam quitar as dividas em até 90 dias, representam 71,4% dos entrevistados, número superior ao apurado em pesquisas anteriores.

O economista da Fecomércio MG, Gabriel de Andrade Ivo, diz que a intenção de quitar as dívidas em curto prazo representa o cuidado do consumidor com o cadastro negativo, o chamado “nome sujo na praça”, além de evitar o pagamento de juros altos.

Para 87,3% dos entrevistados, o pagamento do cartão de crédito é uma prioridade, na sequência aparecem os compromissos como o financiamento de casa (5,1%), carro (2,5%), dívidas com terceiros ou familiares (2,5%), cheque especial (1,3%) e cheque pré-datado (1,3%).


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