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Estado de Minas

Setor de shopping cresce 8,6 % em 2013 e projeta mais 40 centros de compras

Este ano será marcado como o ano em que as cidades do interior ultrapassarão as capitais do país em número de estabelecimentos.


postado em 31/01/2014 06:00 / atualizado em 31/01/2014 07:23

São Paulo – Para o setor de shopping centers, 2014 será marcado como o ano em que as cidades do interior ultrapassarão as capitais do país em número de estabelecimentos. Com 38 novos empreendimentos em 2013 – recorde histórico – e uma média de 415 milhões de visitantes mensais, os shopping centers do Brasil faturaram R$ 129,2 bilhões no ano passado, com crescimento nominal de 8,6% em relação a 2012. Para este ano, serão outros 40 novos empreendimentos entrando em operação, a maior parte em municípios com até 500 mil habitantes, e a expectativa da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) é de que a receita ultrapasse R$ 140 bilhões até o fim de 2014.

A projeção de Luiz Fernando Veiga, presidente da entidade, é de que o setor aumente as vendas em 8,3% em 2014. “Os estabelecimentos brasileiros atravessaram mais um ano de crescimento acima do registrado pelo comércio varejista. E o fenômeno mais contundente é a interiorização dos empreendimentos. O que não é tão surpreendente se pensarmos que só existem 27 capitais e mais de 5 mil municípios. E vamos continuar crescendo”, anunciou.

O dado mais impressionante, que surpreendeu inclusive a Gismarket Estudos de Mercado (GEU), empresa que realizou o censo dos shoppings centers brasileiros para Abrasce, é que mais de dois Brasis visitam mensalmente os estabelecimentos. O país tem 200 milhões de habitantes e a visitação mensal em shoppings centers é de 415 milhões de pessoas. “Ainda bem que muita gente vai praticamente todos os dias aos estabelecimentos”, brincou Veiga, lembrando que apenas num shopping médio de São Paulo circulam de 50 mil a 60 mil pessoas por dia.

O Sudeste é a região que contribuiu com o maior faturamento do setor no ano passado: R$ 75,9 bilhões. O segundo melhor desempenho é do Sul, com R$ 18,9 bilhões, seguido pela Região Nordeste, R$ 18,8 bilhões, Centro-Oeste (R$ 10,3 bilhões) e Norte (R$ 5,1 bilhões). Conforme Veiga, a pesquisa da GEU constatou que, pela primeira vez na história da indústria, o percentual de shoppings fora das capitais será maior. “Com as 40 inaugurações previstas para o ano, 276 shoppings estarão instalados em cidades do interior, contra 259 nas capitais”, revelou.

Outro detalhe que contribuiu para o crescimento do setor, segundo Veiga, é que 20% dos estabelecimentos estão em expansão e 42% pretendem expandir. “Há empreendimentos que já estão na sua oitava reforma”, destacou. Em média cada shopping em expansão amplia sua área de vendas em 11 mil m2, o que significa quase mil novos empregos. O presidente da Abrasce destacou que cada 13 metros quadrados de área bruta locável (ABL) representa um novo emprego no setor.

*A repórter viajou a convite da Abrasce

Sob pressão dos lojistas

Uma decisão em segunda instância do Tribunal de Justiça de Minas Gerais deu parecer favorável à ação judicial cível movida pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belo Horizonte (Sindilojas-BH) contra os grupo Multiplan, administrador do BH Shopping, que questiona o uso da receita proveniente da taxa de condomínio. A Justiça determinou a abertura das contas do shopping para os lojistas. Em nota, o BH Shopping informou que a decisão é passível de recurso. Sob suspeita de uso indevido de taxas cobradas pelos shoppings, os lojistas lutam na Justiça para ter acesso às contas do centro de compras. Em nome dos comerciantes, o sindicato afirma que falta transparência na divulgação dos dados financeiros e indícios de gastos indevidos, repetindo cenário que teria ocorrido no Diamond Mall, onde, segundo auditoria feita em 2012, R$ 36 milhões teriam sido gastos indevidamente em 12 anos.

O BH Shopping cobra entre R$ 80 e R$ 140 por metro quadrado das lojas satélites, segundo o Sindilojas-BH. Em média, cada estabelecimento tem 50 ou 100 metros quadrados aproximadamente. Logo, a taxa condominial varia de R$ 4 mil a R$ 14 mil por mês. O custo é semelhante ao do aluguel. Por mês, a receita do shopping é de R$ 4,1 milhões. Os lojistas reclamam que o valor pago por eles é gasto indiscriminadamente. Para eles, em alguns casos poderia haver redução de despesa. “Queremos mostrar para onde está indo o dinheiro”, afirma o presidente do sindicato, Nadim Donato, que, em seguida, questiona “qual o motivo da resistência? Se a administração está dentro do patamar de correção, não deveria haver o que temer”. Em nota, o shopping diz que a decisão final da Justiça será “futuramente avaliada e cumprida”. 


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