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Estado de Minas

Bradesco alcança maior lucro da história do banco ao fechar 2013 com R$ 12,2 bi

Resultado cresce 5,9% ante os números de 2012. Rigor na concessão de crédito ajudou no desempenho


postado em 31/01/2014 06:00

Brasília – O Bradesco, o segundo maior banco privado do país, anunciou nessa quinta-feira ter alcançado em 2013 lucro líquido (já isento de impostos) de R$ 12,2 bilhões. O resultado é apontado pela consultoria Economatica como o maior desempenho já registrado pelo banco e o quarto maior lucro de uma instituição financeira no Brasil. Ante os números de 2012, até então os maiores já alcançados pelo banco, houve alta de 5,9%.

Os números do quarto trimestre do ano também foram recordes. Entre outubro e dezembro, o banco reportou lucro líquido de R$ 3,079 bilhões, alta de 6,4% em relação ao quarto trimestre de 2012. Mesmo assim, o resultado não agradou o mercado financeiro. O consenso dos analistas era que o Bradesco alcançasse um lucro, pelo menos, R$ 200 milhões maior, o que não ocorreu. A frustração ajudou a derrubar as ações do banco. Os papéis preferenciais, sem direito a voto, fecharam o dia em queda de 0,62%.

Apesar do pessimismo do mercado, o presidente executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, disse ter ficado “satisfeito” com os números do ano passado. “Os resultados foram bastante satisfatórios, analisando, sobretudo, o cenário desafiador de 2013”, contou. Analistas ouvidos pela reportagem dizem que o desempenho do banco reflete a estratégia de outros concorrentes privados de pisar no freio do crédito e aumentar o rigor na concessão de empréstimos a clientes duvidosos.

Após amargar perdas com financiamentos de automóveis, o Bradesco decidiu concentrar as operações em áreas mais conservadoras, como o crédito consignado e o imobiliário, que têm, tradicionalmente, índices menores de inadimplência. Em 2013, o banco ampliou as concessões nessas linhas em 29% e 35%, respectivamente. A carteira de crédito apenas com empréstimos com desconto em folha alcançou R$ 26,7 bilhões. Para a compra de imóveis, o valor registrado foi de R$ 13,6 bilhões. A aposta em áreas com menos risco de calote possibilitou ao Bradesco derrubar a inadimplência para 3,5% das operações, o menor patamar dos últimos cinco anos.

Outras instituições financeiras que seguiram o mesmo caminho notaram forte redução nos atrasos e calotes de seus clientes. Não por acaso, 2013 foi o ano em que a inadimplência no sistema financeiro despencou para o menor nível histórico: 3%. A aposta dos bancos é que haja nova queda no índice de calotes em 2014. “Estudos internos indicam que esse indicador (de atrasos) está se consolidando nesse patamar mais baixo. Nossa expectativa é que a inadimplência fique nesse patamar, podendo ser ainda mais baixa (que 2013)”, disse o diretor executivo do Bradesco, Luiz Carlos Angelotti.

SANTANDER DECEPCIONA O banco espanhol Santander, maior estrangeiro em atuação no país, anunciou resultados decepcionantes para a sua filial brasileira. Em 2013, a instituição registrou lucro líquido de R$ 5,744 bilhões, recuo de 9,7% frente a 2012. No quarto trimestre, o resultado foi de R$ 1,409 bilhão, queda de 12,3% sobre o mesmo período do ano anterior. Os maus resultados não tiraram o ânimo do presidente mundial do grupo, o espanhol Javier Marin. Em teleconferência com investidores, ele disse manter o otimismo com o Brasil. “Acreditamos que o Brasil passa por um período de crescimento mais lento, mas isso tem um lado positivo, porque reduzirá o consumo e aumentará os financiamentos de infraestrutura”, disse.


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