A economia diária de energia durante os 119 dias de vigência do horário de verão chegou a 4%, o que equivale a 340 MW, valor 6% superior ao ano passado, segundo informou a Cemig nesta quinta-feira. A 43ª edição da medida termina à zero hora do próximo domingo, quando os relógios das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste devem ser atrasados em uma hora.
Segundo a concessionária, essa energia é suficiente para atender uma demanda de ponta de uma cidade de 750 mil habitantes, equivalente à soma das cidades de Juiz de Fora e Sete Lagoas. Além disso, com relação ao consumo de energia, foi obtida uma economia de 0,5%, que representa 35 MWmédios ou cerca de 100.000 MWh, durante todo o período do horário de verão. Essa economia é suficiente para abastecer Belo Horizonte durante oito dias.
De acordo com o engenheiro de planejamento do sistema elétrico Wilson Fernandes Lage, da Cemig, o objetivo do horário de verão é reduzir a demanda de energia no país, principalmente no horário de pico, que vai das 18 às 22 horas. Nesse período, a iluminação pública é ativada e as famílias retornam para casa, aumentando assim o consumo de energia elétrica com a utilização de eletroeletrônicos, chuveiros e demais aparelhos.
“Para os consumidores residenciais e comerciais, a economia é percebida na menor utilização da iluminação artificial. Eles poderiam ter um consumo de até 5% a mais na fatura mensal de energia, caso não houvesse o Horário de Verão”, afirma o engenheiro.
Desde 2008, por meio do Decreto 6.558, foram fixadas datas para seu início e término: definiu-se que, todos os anos, a medida entra em vigor sempre à zero hora do terceiro domingo de outubro e se estende ao terceiro domingo de fevereiro. No ano em que houver coincidência entre o domingo previsto para o término do Horário de Verão e o carnaval, o encerramento ocorre no fim de semana seguinte.