O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento lançou hoje um programa destinado a aumentar a produção de leite e carne até 2023. O Plano Mais Pecuária, dividido nos eixos Mais Leite e Mais Carne, pretende aumentar a produtividade do gado leiteiro em 40%, elevando, assim, de 35 bilhões para 46,8 bilhões de litros a produção anual da bebida. Além disso, tem a meta de dobrar a produtividade do gado de corte, passando de 1,3 para 2,6 bovino por hectare.
Uma das estratégias usadas para atingir os objetivos será o melhoramento genético. O governo apoiará financeiramente iniciativas de incentivo e treinamento da inseminação artificial. O objetivo é, até 2023, disponibilizar cerca de 252 mil touros reprodutores ao ano. O plano também pretende usar ações de marketing para aumentar o número de consumidores de leite e de carne, lançar editais para pesquisas que ajudem a desenvolver novos produtos e firmar parcerias para capacitar técnicos e produtores rurais.
Deve haver, ainda, monitoramento da qualidade dos produtos nacionais. Segundo o Ministério da Agricultura, até 2016, todo o leite captado pela indústria deve estar de acordo com os padrões oficiais, com redução da prevalência de brucelose e tuberculose. Quanto à produção de carne, o objetivo é que até 2018 todos os estados tenham aderido ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal. .
O Plano Mais Pecuária será organizado por um comitê executivo formado por técnicos e autoridades da pasta da Agricultura, e este órgão acompanhará a execução dos projetos. O programa foi formulado após reuniões do ministério com produtores de leite e carne bovina. A avaliação do órgão é que as ações de incentivo aos dois setores estavam fragmentadas e que o aumento da produtividade e padrões de qualidade ajudará também a aumentar a exportação dos dois itens.
O lançamento do plano ocorreu em Juiz de Fora (MG). Inicialmente, ele seria anunciado pelo ministro da Agricultura, Antônio Andrade. No entanto, como Andrade não conseguiu pousar na cidade mineira devido à chuva e retornou para Brasília, foi feito pelo chefe da assessoria de Gestão Estratégica do ministério, João Cruz.