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Estado de Minas

Após corte de gastos, Copom deve anunciar redução no ajuste na taxa básica de juros

Selic deve subir 0,25 ponto percentual; sendo que consenso do setor privado era elevação de 0,5


postado em 21/02/2014 06:00 / atualizado em 21/02/2014 07:13

Brasília – O anúncio pelo governo de um corte de gastos públicos mais forte do que o esperado era a sinalização que faltava ao Banco Central (BC) para reduzir o ritmo de ajuste na taxa básica de juros. A aposta dos analistas do mercado financeiro é que o Comitê de Política Monetária (Copom) decida por apenas mais uma elevação de 0,25 ponto percentual na Selic durante a reunião marcada para semana que vem. Até há poucas semanas, o consenso do setor privado ainda era de uma dose mais alta nos juros, de 0,5 ponto.


O que garantirá a redução do ajuste na taxa básica, dizem os analistas, é o esforço fiscal extra prometido pelo governo ontem. Nas últimas semanas o mercado financeiro especulou a respeito do contigenciamento de gastos públicos possível em um ano de eleições. O consenso era que os ministros da área econômica de Dilma Rousseff teriam de economizar pelo menos R$ 35 bilhões para mostrar comprometimento com metas fiscais. O corte de R$ 44 bilhões surpreendeu e para analistas ele vai desacelerar a demanda por produtos e serviços.

Não por acaso o governo reduziu de 5,8% para 5,3% a previsão de alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no decreto de execução orçamentária que será publicado hoje. Não é o que pensam, no entanto, os analistas de grandes bancos e corretoras, que ainda apostam numa elevação de 5,93% da inflação em 2014. “O que explica esse descolamento das previsões do governo e do mercado é justamente a falta de confiança do setor privado no esforço fiscal que vinha sendo prometido”, disse um operador do mercado.

Para o economista-chefe da Mauá Sekular, Alessandro del Drago, o objetivo, se alcançado, será determinante para dissipar o pessimismo do mercado com a expectativa de alta dos preços neste ano. “O que vai pesar para que a autoridade monetária reduza ou não o ritmo de aperto na Selic são as expectativas para a inflação, que permanecem elevadas. Por enquanto, o mercado financeiro parece ter recebido bem esse anúncio fiscal”, disse.


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