A revitalização das alas B e C do terminal 1 do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio, será realizada pelo consórcio formado por Odebrecht e Changi, mas bancada com recursos da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), disse nesta sexta-feira, 21, o presidente da estatal Gustavo do Vale.
"Os terminais B e C são da concessionária. A Infraero vai arcar (com os custos) mas de acordo com o projeto deles", disse Vale. O consórcio assinará o contrato de concessão em março, mas só assume o Galeão em agosto. O executivo acompanhou o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, em visita para vistoriar as obras do Galeão.
A SAC determinou que as obras inacabadas em curso nos aeroportos brasileiros sejam suspensas em 30 de abril. Segundo o ministro, o limite é necessário para permitir a organização dos terminais a tempo de atender o público da Copa.
A Infraero não conseguirá cumprir o cronograma de obras do terminal B (misto) e C (embarque e desembarque internacional) do terminal 1. Apenas a área A, de embarque e desembarque nacional, estará pronta até o fim de abril.
Climatização
O dia 28 de fevereiro será uma data chave para o Galeão. De acordo com o ministro, os problemas de climatização no terminal 1 estarão completamente sanados com novos equipamentos até este dia. Os passageiros do Galeão vêm sofrendo com a falta de capacidade dos aparelhos de ar condicionado em meio a um calor de 40 graus.
No mesmo dia serão entregues a praça de alimentação e as novas esteiras de bagagens automáticas do terminal 2. A SAC aponta o estacionamento como um problema grave do aeroporto que ainda terá que ser resolvido e que tende a se agravar com as obras na cidade do Rio de Janeiro.
Moreira Franco admitiu que o cronograma de obras da Infraero para o Aeroporto Internacional do Rio não será 100% cumprido, mas disse que, apesar disso, o aeroporto estará pronto para dar um "atendimento padrão" aos turistas em junho. O ministro lembrou que nos feriados de fim de ano os aeroportos brasileiros receberam um fluxo muito superior ao que virá na Copa do Mundo, em junho. Só no dia 20 de dezembro, 400 mil pessoas passaram pelo Galeão. "A ordem que estou dando é dar boas condições aos passageiros na Copa", afirmou a jornalistas.