Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira em Nova York, se beneficiando da antecipação de uma nova alta da demanda de produtos de petróleo, com a aproximação de outra onda de frio nos Estados Unidos e por tensões geopolíticas.
O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em abril se valorizou 62 centavos, a 102,82 dólares, no New York Mercantile Exchange (Nymex). Em Londres, o barril de Brent do mar do Norte com a mesma entrega fechou em 110,64 dólares no Intercontinental Exchange (ICE), em alta de 79 centavos em relação ao fechamento de sexta-feira.
"Uma tempestade de inverno atingirá com segurança o nordeste (dos EUA) nesta quarta-feira" e cobrindo-o "com alguns centímetros de neve", antecipou Bob Yawger, da Mizuho Securities. Paralelamente, as reservas de petróleo no terminal de Cushing (Oklahoma, centro-sul), que servem de referência para os preços do WTI, já perderam 14,8 milhões de barris, a 35,9 mb, em relação ao ano passado na mesma época, lembrou, citando cifras do último relatório semanal do departamento de Energia (DoE).
Os investidores antecipam uma nova queda dessas reservas esta semana, fator que sustenta os preços. Por outro lado, os preços do petróleo também são sustentados por "fatores geopolíticos que se amplificam em diferentes cantos do globo", disse Phil Flynn da Price Futures Group.
A situação na Ucrânia é acompanhada com interesse, diante da instalação de suas novas autoridades provisórias e poderia ter repercussões sobre as relações do país com a Rússia, e como consequência sobre o fornecimento em gás natural por parte da Rússia aos países europeus, que apoiam o novo governo.
Na Líbia e Sudão do Sul a produção de petróleo caiu liquidamente nas últimas semanas como consequência de conflitos internos. Na Venezuela, o maior produtor de petróleo da região, a tensão se mantém elevada depois de uma onda de manifestações anti-governo.