Os bancos brasileiros fecharam 1.024 postos de trabalho no país em janeiro. Os estados onde houve mais cortes foram São Paulo (278 postos fechados), Rio de Janeiro (177) e Minas Gerais (114). O dado foi divulgado nesta quarta-feira pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por meio da Pesquisa de Emprego Bancário, feita em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
“Apesar dos lucros bilionários, os bancos brasileiros, principalmente os privados, continuaram reduzindo postos de trabalho, a exemplo de meses anteriores, o que é completamente injustificável. Dessa forma, eles travam a geração de empregos e renda, prejudicam o emprego dos bancários e não contribuem para o crescimento com desenvolvimento econômico e social do país", disse Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, por meio de nota.
A pesquisa, feita com base em dados coletados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, também apontou que o salário médio dos admitidos nos bancos foi menor do que o salário dos que foram desligados em janeiro. Os novos funcionários foram admitidos com salário médio de R$ 3.443,22, valor 36% menor que o salário médio dos funcionários que foram desligados, de R$ 5.407,07.
O estudo feito pelo Dieese também apontou uma grande diferença entre os salários recebidos pelos diretores de bancos e os bancários. No Itaú, por exemplo, cada diretor recebeu um salário médio de R$ 9,05 milhões em 2012, valor 191,8 vezes maior que o piso salarial do bancário.