A economia brasileira fechou 2013 com um crescimento de 2,3%, índice dentro das expectativas do mercado, que previa expansão em torno de 2,07% a 2,3%. O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país totalizou R$ 4,84 trilhões no ano, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado supera a alta de 1% em 2012, mas marca um terceiro ano de crescimento moderado.
No quarto trimestre de 2013, o PIB cresceu 0,7% em relação ao trimestre, resultado que ficou acima das estimativas dos analistas, que previam desde estabilidade a alta de 0,55%, com mediana de 0,23%, nessa comparação. Na comparação com o quarto trimestre de 2012, o PIB apresentou alta de 1,9% no quarto trimestre de 2013.
Pela ótica da oferta, o que puxou a economia brasileira em 2013 foi a agropecuária, com expansão de 7%. Os serviços cresceram 2% e a indústria fechou o ano com avanço de apenas 1,3%.
Já pelo lado da demanda, os investimentos foram o principal destaque. A formação bruta de capital fixo teve alta de 6,3% no ano passado, puxada pelo aumento da produção interna de máquinas e equipamentos. Já o consumo das famílias cresceu 2,3%, o 10º ano consecutivo de expansão. O comportamento foi favorecido pela elevação da massa salarial e pelo crédito. Por último, a despesa do consumo da administração pública aumentou 1,9%.
No setor externo, as importações cresceram mais (8,4%) do que as exportações, que tiveram alta de 2,5%.
Abaixo das expectativas do FMI
Apesar de estar em linha com as projeções do mercado brasileiro, o crescimento de 2,3% do PIB em 2013 ficou abaixo da estimativa feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para a média mundial, que é de 3%.
Apesar disso, o crescimento da economia brasileira foi um dos mais altos entre os principais países. O Brasil cresceu menos do que a China (7,7%) e a Coreia do Sul (2,8%), por exemplo, mas ficou acima de países como Estados Unidos (1,9%), Reino Unido (1,9%), África do Sul (1,9%), Japão (1,6%), México (1,1%), Alemanha (0,4%), França (0,3%) e Bélgica (0,2%).
Países como a Espanha e a Itália tiveram quedas no Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, de 1,2% e 1,9%, respectivamente. A zona do euro caiu 0,4%.
2014
Para este ano, a última projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia, passou de 1,79% para 1,67%. Para 2015, a projeção para o crescimento do PIB também caiu, pela segunda semana consecutiva, ao ser ajustada de 2,1% para 2%.
Essas projeções fazem parte da pesquisa semanal do BC em instituições financeiras sobre os principais indicadores da economia.
(Com agências)