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Estado de Minas

Adesão ao Refis sustentou prejuízo da Vale em 2013

A empresa encerrou 2013 com lucro líquido de US$ 584 milhões, ante US$ 5,454 bilhões em 2012


postado em 28/02/2014 06:00 / atualizado em 28/02/2014 07:54

A adesão ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis) no último trimestre de 2013 levou a mineradora Vale a registrar um prejuízo de US$ 6,451 bilhões entre outubro e dezembro do ano passado. A empresa encerrou 2013 com lucro líquido de US$ 584 milhões, ante US$ 5,454 bilhões em 2012. Aparentemente desanimador, o desempenho da companhia veio em linha com as expectativas de mercado. Tanto que os papéis da companhia na bolsa de valores terminaram o dia em alta. As ações ordinárias (ON) valorizaram 1,51% e as preferenciais 1% (PNA). O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de US$ 22,7 bilhões, 12,4% acima das expecattivas da empresa e 15,4% superior ao do ano anterior. Já a receita operacional somou US$ 48,9 bilhões, ante US$ 48,7 bilhões em 2012.

“A geração de caixa e as vendas líquidas da companhia superaram as expectativas. Em 2013, a Vale aumentou a venda de pelotas, enquanto os preços no mercado internacional giraram num patamar alto e o câmbio ajudou”, avalia Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora. De acordo com ele, como a adesão ao Refis já havia sido anunciada pelo presidente da empresa, Murilo Ferreira, a expectativa era que o prejuízo ficasse na faixa entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões. Segundo Galdi, como desempenho divulgado, a Vale sinalizou um cenário promissor para o minério de ferro no futuro. “O que manda mesmo é o resultado operacional”, sustenta.

Em matéria de geração de caixa, esse foi o terceiro melhor desempenho da história da mineradora, com crescimento de cerca de 18% em relação a 2012. No quarto trimestre do ano passado, atingiu US$ 6,6 bilhões, o maior desde o quarto trimestre de 2011. De acordo com o presidente da companhia, no ano passado a produção de minério de ferro da Vale, no Brasil, atingiu 299,8 milhões de toneladas, sem contar a produção atribuível à Samarco. Em Minas, a produção chegou a 199,2 milhões de toneladas no período.

Segundo a Vale, o sistema Sudeste, que abrange os complexos Itabira, Mariana e Minas Centrais, registrou produção de 109,4 milhões de toneladas. O sistema Sul, composto pelos complexos Vargem Grande, Paraopeba e Itabiritos, produziu cerca de 79 milhões de toneladas. Além disso, a produção da Samarco atribuível à Vale foi de 10,9 milhões de toneladas.

Recordes

Para Murilo Ferreira, o resultado de 2013 só foi possível graças aos recordes de vendas – minério de ferro e pelotas (305,6 milhões de toneladas), cobre (353 mil toneladas), ouro (279 mil oz), carvão (8,1 milhão de toneladas) e níquel (261 milhões de toneladas), neste caso, o melhor resultado desde 2008 – e à redução de US$ 2,8 bilhões nos custos da empresa. Em 2013, a Vale distribuiu US$ 4,5 bilhões em dividendos aos acionistas. O compomisso da empresa com os investidores para 2014 é distribuir dividendos da ordem de US$ 4,2 bilhões.

Em todo o ano passado, a empresa investiu cerca de US$ 10 bilhões em Minas. Os recursos foram destinados às áreas de minério de ferro, pelotas, logística, pesquisa mineral, energia, manganês e fertilizantes. Investimentos socioambientais somaram mais de US$ 355 milhões no período. Somente no quarto trimestre de 2013, a mineradora investiu US$ 2,5 bilhões no estado, o que representou avanço de 5% em comparação com os investimentos aplicados em 2012.


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