São Paulo, 01 - Um grupo de associações do setor elétrico deverá entregar na quarta (5) ou quinta-feira (6) uma carta ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, pedindo mais participação nas discussões sobre a atual situação de abastecimento do País. As entidades, que também representam grandes consumidores de energia, querem entender qual a real situação do setor e se há risco de racionamento.
A correspondência deverá ser assinada por 10 ou 12 associações, que representam produtores, comercializadores e consumidores de energia elétrica. Elas vão se colocar à disposição do governo federal para qualquer iniciativa de racionalização de energia neste momento. "É melhor sofrer agora do que deixar para depois e correr risco de um corte bem maior", afirmou o executivo de uma das entidades que participarão do movimento.
Segundo ele, várias empresas poderão antecipar manutenções e reduzir o consumo de eletricidade. "Racionalizar o uso da energia não é o mesmo que racionamento. A indústria pode dar sua participação e ajudar no abastecimento do País. Mas ela precisa ser informada sobre o que está ocorrendo."
O setor de ferro-ligas, por exemplo, já reprogramou o planejamento e, em alguns casos, a paralisação temporária da produção para manutenção dos fornos - a energia representa cerca de 40% dos custos dessa indústria. A decisão foi motivada pelo aumento do preço no mercado à vista, que está em R$ 822 o megawatt hora (MWh). Nesse caso, ao deixar de consumir, algumas empresas ganham dinheiro na operação, pois compraram energia mais barata e vão receber os R$ 822. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo
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