A condição de tráfego na malha rodoviária nacional é fator preponderante para onerar o custo logístico no Brasil. Segundo a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística), praticamente dois terços das estradas estão em condições deficientes. O transporte por tais rodovias encarece em cerca de 40% o valor do frete, se comparado com o que ocorre em estradas em boas condições (asfaltada, duplicada, com pavimentação ideal etc.).
A assinatura de contratos do Programa de Investimentos Logísticos (PIL) do governo federal, que concedeu à iniciativa privada cinco das principais rodovias responsáveis pelo escoamento de commodities, é considerado passo importante para reduzir o custo. Em cinco anos os trechos concedidos serão duplicados. A ampliação da BR-163, que corta o Centro-Oeste do país, é tida como essencial para facilitar o transporte de grãos para os portos de Santos e Paranaguá.
HIDROVIAS
O presidente da Abramilho e ex-secretário de Agricultura de Minas Gerais, Alysson Paolinelli, elogia a concessão da BR-163, mas, associado a isso, defende a ativação da hidrovia Araguaia-Tocantins como forma de integrar modais e, assim, reduzir o custo de transporte, considerando que, em ordem, o sistema hidroviário é o mais barato e o rodoviário o mais caro entre os sistemas de transporte. “O Brasil por acaso é muito rico em hidrovias, mas não sei por que não desenvolve o sistema”, questiona. (PRF)