O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 1,7% em fevereiro, para 67,4 pontos, na comparação com o mês anterior, considerando os dados ajustados sazonalmente. "Este é o quarto resultado positivo do indicador - o maior desde julho de 2013 - sinalizando um recrudescimento no mercado de trabalho para o primeiro trimestre de 2014", destacou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), em nota.
A FGV ressaltou que as classes que mais contribuíram para o avanço do ICD em fevereiro foram a dos consumidores com renda familiar de até R$ 2.100,00, cujo Indicador de Emprego (invertido) variou 3,2%; e a dos que possuem renda familiar entre R$ 4,800,00 e R$ 9.600,00, com variação de 2,7%.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.
Emprego
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) ficou estável em fevereiro ante janeiro, em 86,1 pontos, segundo dados com ajuste sazonal. "Não existem elementos suficientes para que possamos considerar uma inversão de tendência, já que a curva de médias móveis trimestrais sinaliza estabilidade nas contratações de mão de obra para o primeiro trimestre de 2014", informa o Ibre/FGV.
Para chegar a esse resultado, os componentes do IAEmp que mais influenciaram foram o indicador da Sondagem da Indústria, que mede as expectativas dos empresários em relação à evolução do ambiente dos negócios nos seis meses seguintes, que recuou 3,8%, e o ímpeto de contratações de mão de obra da Sondagem de Serviços, que caiu 2,2%.
O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.