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Estado de Minas

Estudo traça perfil dos brasileiros a partir do comportamento financeiro

SPC Brasil dividiu consumidores em cinco tipos: tomadores, equilibristas, alternados, seguros e investidores


postado em 12/03/2014 08:02 / atualizado em 12/03/2014 08:47

(foto: Jair Amaral/EM DA Press)
(foto: Jair Amaral/EM DA Press)
Apesar dos juros altos, o brasileiro não só não costuma poupar dinheiro como, quando o faz, gasta o que guardou logo em seguida. Pesquisa nacional do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que 54% das pessoas não conseguem economizar qualquer quantia de seus rendimentos, ante 42% que conseguiram juntar alguma coisa. O estudo dividiu os brasileiros entre tomadores, equilibristas, os alternados, os seguros e os investidores, de acordo com o perfil na administração das finanças.

Tomadores são aqueles que estouram os limites na hora das compras e não conseguem pagar suas contas em dia. Os equilibristas mantêm sua conta no zero a zero, sem dívidas, mas sem economias. Já os alternados prezam pouco pela segurança nos investimentos e são o segundo da lista em matéria de extrapolar nos limites de consumo. Por outro lado, os seguros são aqueles que menos estouraram as contas nos últimos três meses e que menos deixam de pagar a fatura do cartão de crédito. Já os investidores são os que mais prezam pela segurança na hora de investir, conseguem pagar as contas em dia e garantem uma sobra para gastos não previstos.

No vermelho De acordo com o levantamento, três em cada 10 entrevistados considerados tomadores bancarizados estavam com as contas no vermelho no mês anterior à pesquisa. Além disso, 45% dos equilibristas estavam com a conta empatada, ou seja, não deviam, mas também não possuíam dinheiro no banco. Enquanto isso, nada menos do que 67% dos investidores, contra a média de 47%, estavam com a conta bancária no azul, seguido dos seguros, com 59%.

Segundo Flávio Borges, gerente financeiro do SPC Brasil, a pesquisa deixa claro o fato de que a cultura do país não incentiva os brasileiros a investir. “As pessoas que têm acima de 30 anos cresceram numa economia de hiperinflação”, lembra. Além disso, mesmo sem contribuir para a Previdência, as pessoas não se preocupam em guardar dinheiro para o futuro porque contam com a Previdência”, analisa.




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