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Estado de Minas

Serviços crescem 1,6% e salvam o PIB de Minas

Setor desbanca atividades tradicionais no estado e contribui para alta de 0,5% na economia mineira. Desde 2011, expansão fica acima da média


postado em 16/03/2014 00:12 / atualizado em 16/03/2014 07:24

Segmento de transporte registrou maior crescimento no ano passado(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press - 16/8/13)
Segmento de transporte registrou maior crescimento no ano passado (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press - 16/8/13)
As empresas prestadoras de serviços em Minas Gerais desbancaram atividades tradicionais no estado como a mineração e a siderurgia em 2013, exibindo pelo terceiro ano taxa de crescimento superior à média da economia. O setor de serviços cresceu 1,6% no ano passado, contribuição decisiva para a expansão, embora muito modesta, de 0,5% da produção mineira de bens e serviços medida pelo Produto Interno Bruto (PIB). As indústrias de transformação e extrativa mineral não se salvaram de quedas de 1,8% e 6,1%, respectivamente. Já o agronegócio teve avanço limitado de 0,5%. A boa performance do transporte e os ganhos do segmento de aluguéis foram os principais responsáveis pelo destaque dos serviços.

Desde 2011, o balanço anual das empresas de prestação de serviços supera as taxas de crescimento do PIB de Minas, apesar do desaquecimento comum verificado nos indicadores, como observa o pesquisador Raimundo Souza Leal, coordenador de contas regionais da Fundação João Pinheiro, de Belo Horizonte, que calcula o PIB estadual. O setor cresceu 3,3% em 2011, enquanto a economia de Minas avançou 2,8%. Em 2012, o fôlego baixou, com expansão de 2,6% dos serviços, ante 2,5% do PIB.

“O setor de serviços depende do efeito multiplicar da massa de salários (total dos salários pagos) e também tem correlação direta com a produção industrial. Temos de ficar muito atentos ao seu comportamento”, diz o economista. Além de abrigar uma série de atividades, os serviços representam cerca de 60% do PIB de Minas.

Dinamismo De acordo com levantamento da Fundação João Pinheiro relativo ao ano passado, o segmento de transporte exibiu a maior taxa de crescimento, de 3,2%, frente a 2012. No mercado de aluguéis, que sofre menos os efeitos da sazonalidade típica do mercado consumidor de produtos e serviços, houve evolução de 3%, mesma média observada em 2012. O economista e consultor Felipe Queiroz lembra que o dinamismo do setor no Brasil, nos últimos anos, tem refletido mudanças estruturais na vida da população, o que garantiu resultados como o de Minas, acima da média de crescimento da economia.

“Houve crescimento dos serviços financeiros e do comércio, como consequência da melhora de renda dos brasileiros, que mudou o padrão de consumo e da oferta de crédito no país”, diz Queiroz. A ascensão da classe C criou demanda para uma série de atividades que compõem o setor de serviços, dos salões de beleza, passando pelos serviços de alimentação e estacionamento aos cinemas. O crescimento das instituições de ensino superior também provocou expansão do mercado imobiliário, incluindo aluguéis e venda, do transporte e alimentou os serviços pessoais e o comércio em geral.

Para este ano, a expectativa é de recuperação tanto do desempenho da indústria quanto da economia como um todo. Para o economista Felipe Queiroz, a tendência em 2014 é de que o setor de serviços continue a sustentar a expansão da economia brasileira e de Minas Gerais. Em lugar da retração do crédito prevista por alguns analistas do mercado financeiro, ele acredita que o estímulo ao consumo e à atividade econômica deverá permanecer, com uma oferta talvez menor.


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