Os preços do petróleo em Nova York terminaram acima dos US$ 100, nesta quarta-feira, depois de uma nova queda inesperada das reservas de cru na principal refinaria dos EUA. O barril do tipo "light sweet" (WTI) com entrega para abril subiu 67 centavos, a US$ 100,37, no New York Mercantile Exchange (Nymex).
Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em maio encerrou em US$ 105,85 no Intercontinental Exchange (ICE), uma queda de 94 centavos em relação ao fechamento de terça-feira. Na semana passada, as reservas de petróleo aumentaram mais do que o previsto nos EUA, segundo os números do Departamento de Energia (DoE) publicados nesta quarta.
As reservas de cru subiram 5,9 milhões de barris, a 375,9 milhões, na semana encerrada em 14 de março. Os analistas entrevistados pela agência Dow Jones Newswires esperavam um aumento médio de 2,3 milhões de barris. "A cotação do WTI recebeu essa notícia sem reagir muito, já que o mercado se concentrou, sobretudo, na notícia de uma queda de reservas, pela sétima semana consecutiva, em Cushings", onde é estocado o cru que serve de referência para o WTI, destacou Matt Smith, da Schneider Electric.
"É a primeira vez, em dois anos, que este nível cai abaixo dos 30 milhões de barris", acrescentou. O mercado petroleiro reagiu pouco, após o anúncio por parte do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) de que mantém suas taxas básicas, mas volta a reduzir suas injeções de liquidez na economia, como esperavam os analistas.
Além disso, o mercado continuou vigiando de perto a situação na Ucrânia. "O mercado de petróleo tentou relegar a crise (ucraniana) para segundo plano, mas as manchetes (dos jornais) levam os investidores a rever para alta o valor do risco geopolítico", considerou Phil Flynn, do Price Futures Group.