A Concessionária BR-040, da Invepar, grupo vencedor do leilão, vai iniciar no dia 20 de abril as obras da BR-040, estrada que liga Juiz de Fora (MG) a Brasília, passando por Belo Horizonte. Até lá, o trecho ficará sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O extrato de contrato de concessão de 936,8 quilômetros da rodovia foi publicado no Diário Oficial da União nesta sexta-feira. De acordo com a assessoria da Concessionária BR-040, o início das obras no fim de abril será de natureza emergencial, com o objetivo de sanar os riscos mais iminentes.
Em entrevista ao em.com.br, o diretor-presidente da Concessionária BR-040, da Invepar, Túlio Abi-Saber, explicou que num primeiro momento serão realizadas intervenções que têm por objetivo colocar a rodovia em condições seguras de trafegabilidade. "Estes trabalhos iniciais incluem os serviços de reparos emergenciais e profundos do pavimento, recuperação da sinalização, limpeza e conservação da faixa de domínio e áreas verdes, recuperação da drenagem, entre outros".
Ainda de acordo com Abi-Saber, paralelamente iniciam-se as obras de duplicação e adequação de 702 quilômetros, que devem ser executadas ao longo de cinco anos. "Entre o segundo e o quinto ano da concessão estarão em andamento os serviços de recuperação profunda da estrutura das pistas existentes".
De acordo com a Invepar, no primeiro ano serão duplicados cerca de 56 quilômetros, com implementação de 11 bases de pedágio - a tarifa será de R$ 3,22 para cada 100 quilômetros -, 21 postos de serviços de atendimento ao usuário, seis postos de pesagem - três novos -, 23 guinchos leves e oito pesados, 21 ambulâncias de resgate, sete ambulâncias tipo UTI móvel, 21 veículos de inspeção, seis caminhões pipa de combate a incêndio, seis veículos para apreensão de animais, 12 postos de polícia - reforma de nove existentes e três novos -, um Centro de Controle Operacional (CCO) e mais de mil câmeras de monitoramento.
Segundo Abi-Saber, no caso da BR-040, a principal mudança que será percebida pelos motoristas é a recuperação da estrada. "Em alguns trechos, a rodovia está em estado bastante deteriorado e o contrato prevê que, em até nove meses do tempo de arrolamento de bens, toda rodovia estará recuperada. Pavimento, sinalização, conserva de faixa de domínio. Tudo isso estará em condições operacionais adequadas. Imediatamente o usuário já começa a perceber uma melhoria", afirmou. “A concessão vai além da obra, é um serviço a que o usuário desta região não está acostumado. Se teve um acidente, tem um guincho, um serviço de inspeção", resume Abi-Saber.
Já em 2015, após a construção de 10% da duplicação da via - o que significa um trecho de 55 quilômetros -, o pedágio poderá ser cobrado. De acordo com Abi-Saber, o prazo máximo é de 18 meses. "O valor da tarifa básica de pedágio será de R$ 3,22, o que representa um desconto de 61,13% sobre a tarifa teto". Na avaliação da presidente, fica difícil cobrar do cidadão por um serviço que ele ainda não viu. "É importante sinalizar para quem paga pedágio que ele está sendo pago por uma obra que o beneficiará diretamente", justificou Dilma.
Abi-Saber destacou ainda que o detalhamento do cronograma de obras está sendo finalizado, mas que as principais serão:
- Duplicação de 702,0 quilômetros (557,2 km de duplicação + 144,8 km de readequação de multifaixas)
- Vias marginais: 148,2 km
- Acessos: 56 km
- Intercessões: 59 unidades
- Passarelas: 41
- Correção de traçados em 12 pontos
- Contorno em duas áreas urbanas: Conselheiro Lafaiete e Santos Dumont
- Construção da terceira faixa: 32,5 km (saída de Brasília)