A agência de classificação de risco Standard & Poor's reduziu em um nível a classificação de crédito do Brasil, nesta segunda-feira, justificando sua decisão pelos sinais pouco claros da política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff, que enfrenta um frágil quadro fiscal, assim como pela desaceleração do crescimento do país. A S&P diminuiu a nota para a economia brasileira de BBB para BBB-, o nível mais baixo para grau de investimento da dívida, e considerou a perspectiva "estável".
Uma equipe da S&P esteve no Brasil na semana do dia 10 de março, com o objetivo passar um pente-fino nas contas públicas e conversar com agentes do mercado, investidores e autoridades do governo. A missão, que começou por São Paulo, passou também por Brasília e Rio de Janeiro. Na ocasião, a força-tarefa da S&P participou de encontros com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com a diretoria do Banco Central (BC).
A classificação de risco por agências estrangeiras representa uma medida de confiança dos investidores internacionais na economia de determinado país. As notas servem como referência para os juros dos títulos públicos, que representam o custo para o governo pegar dinheiro emprestado dos investidores. O Ministério da Fazenda ainda não se manifestou sobre o rebaixamento.
Com agências