O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), Luciano Coutinho, apresentou nesta terça-feira, 25, durante audiência pública no Senado Federal, as projeções de investimento do órgão para o intervalo 2014-2017. O BNDES elevou a previsão de gastos, em relação ao intervalo 2009-2012, em R$ 339 bilhões. O montante de recursos saltou de R$ 1,124 trilhão para R$ 1,463 trilhão, na comparação entre os períodos.
Apesar de a indústria ter perdido terreno para o setor de energia na liberação de recursos pelo banco nos últimos dois anos, o BNDES prevê um aporte de R$ 697 bilhões para o setor produtivo entre 2014 e 2017. Somente em 2013, energia recebeu R$ 62,2 bilhões do BNDES, enquanto a indústria obteve R$ 58 bilhões em crédito do órgão estatal. Agora, o volume de recursos para a indústria representa um aumento de R$ 166 bilhões em relação aos R$ 531 bilhões autorizados para 2009-2012. Já o setor de energia receberá R$ 178 bilhões dos R$ 550 bilhões previstos para infraestrutura entre 2014-2017, o que representa um aumento de R$ 6 bilhões do intervalo 2009-2012.
O plano de financiamento do BNDES aponta ainda um aumento de R$ 39 bilhões para o segmento de serviços de transporte, saltando de R$ 176 bilhões (2009-2012) para R$ 215 bilhões (2014-2017).
Portos
O BNDES trabalha com a perspectiva de elevar o desembolso para o segmento portuário nos próximos anos, segundo Coutinho. "Essa carteira está em crescimento e a apoiaremos. Esperamos que nos próximos anos a participação de portos possa crescer", disse.
De acordo com Coutinho, o setor portuário respondeu por R$ 19,2 bilhões no total de R$ 62,2 bilhões desembolsados pelo banco para a área de infraestrutura em 2013. O BNDES projeta investimento de R$ 550 bilhões em infraestrutura entre 2014 e 2017. O segmento logístico, no qual estão os portos, deve receber R$ 209 bilhões.
Coutinho participa de audiência de pública conjunta nas comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado Federal, nesta terça-feira. O debate é sobre financiamentos do BNDES a projetos de infraestrutura no exterior - em especial nos setores rodoviário, aeroportuário, hidroviário e de logística.