A agência de classificação de risco Fitch manteve o rating BBB de probabilidade de inadimplência do emissor (IDR) em moeda estrangeira e local da Petrobras, com perspectiva estável. O rating nacional de longo prazo também foi mantido em AAA(bra).
Segundo a Fitch, os ratings da Petrobras são sustentados por sua posição de liderança no mercado de energia brasileiro, por sua reconhecida expertise na exploração e produção em alto mar e por sua importância estratégica para o Brasil.
No entanto, "os ratings da Petrobras são temperados por seu agressivo programa de investimento, pela interferência política local e pela vulnerabilidade a flutuações nos preços internacionais das commodities, ao risco cambial e à concentração de receita no mercado doméstico", afirmou a agência em um comunicado.
A Fitch observou que as métricas de crédito da Petrobras deverão se deteriorar durante os próximos dois a três anos em razão do agressivo programa de investimentos, combinado com o atual déficit comercial. "Isso pode resultar em um aumento na ligação entre o perfil de crédito da empresa e o soberano", comentou a agência.
Uma ação negativa sobre o rating da estatal pode resultar "de um rebaixamento do rating soberano, da percepção de uma ligação menor entre a Petrobras e o governo ou de um significativo enfraquecimento da qualidade de crédito autônomo da companhia", destacou a Fitch. Já uma ação positiva sobre o rating soberano do Brasil pode levar a uma ação positiva também sobre o rating da empresa.