O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 2,3% no mês de março ante fevereiro, passando de 98,5 para 96,2 pontos, com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira, 27, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Este é o menor patamar desde junho de 2009, quando o ICI atingiu 90,7 pontos, e, com o resultado, o índice permanece abaixo da média histórica pelo 13º mês consecutivo.
A queda do ICI na margem se deve à piora das avaliações dos empresários tanto sobre o presente quanto sobre o futuro. O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 3,0%, para 96,6 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) recuou 1,6% para, 95,8 pontos.
No ISA, a principal influência de baixa foi do quesito que mede o nível de demanda. Na passagem de fevereiro para março, houve diminuição da proporção de empresas que se consideram com nível de demanda forte (de 10,9% para 8,0%) e aumento da parcela de empresas com nível fraco de demanda (de 14,1% para 15,1%).
A maior contribuição para a queda do IE veio do item que mede as expectativas com a produção no curto prazo. Entre fevereiro e março, houve diminuição da proporção de empresas que preveem produzir mais nos três meses seguintes (de 35,8% para 30,9%) e aumento da parcela das que preveem produzir menos (de 11,0% para 11,4%).
A FGV também informou que entre fevereiro e março o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) diminuiu 0,2 ponto porcentual, para 84,4%. Segundo a FGV, com os resultados de março, o setor encerra o primeiro trimestre de 2014 com a confiança em patamar historicamente baixo e pessimista em relação à possibilidade de mudança de cenário ao longo do primeiro semestre.