O governo teve sucesso em captar 1 bilhão de euros, em títulos da dívida externa, no mercado americano e europeu, com vencimento em 1 de abril de 2021, em operação liderada pelos bancos BB Security, JP Morgan e Santander, informou há pouco a Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda.
O sucesso da operação está assegurado pela baixa taxa de retorno (ganho dos investidores), que alcançou 2,961% ao ano, muito inferior ao patamar da última emissão, em 2006, quando o Brasil captou 300 milhões de euros, a uma taxa de 5,448% de retorno para os investidores. Segundo os técnicos da Secretaria do Tesouro Nacional, a operação representou a menor taxa de captação em euros da história. A liquidação financeira, ou seja a data de entrada efetiva dos recursos, está prevista para 3 de abril de 2014.
Com a medida, as autoridades monetárias testaram a percepção internacional sobre a economia brasileira. Com as emissões de títulos da dívida externa, o governo pega dinheiro emprestado de investidores internacionais com o compromisso de devolver os recursos com juros. Taxas menores de juros indicam maior confiança dos investidores de que o Brasil conseguirá pagar a dívida.
O secretário de Tesouro Nacional, Arno Agostin, dará entrevista para comentar a emissão dos títulos da dívida externa. O lançamento do título, chamado de bônus da República ocorre após a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) diminuir a nota para a economia brasileira, que passou de BBB para BBB-, com perspectiva neutra, o que indica que a classificação não será rebaixada nos próximos meses.
Com o lançamento, o governo identifica qual é a tendência do custo de captação para os próximos meses de recursos estrangeiros para o Brasil e suas empresas no exterior.