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Estado de Minas

Dívidas fragilizam empresas do setor produtor de alcool


postado em 30/03/2014 06:00

Especialista do setor e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE/FGV), Mauro Lopes aponta que o perfil da dívida das usinas de açúcar e álcool é apertado e inviabiliza novos investimentos, arrastando também consigo outro problema: a geração de energia. Segundo ele, existem três preços que não deveriam sofrer interferências: da gás, da energia e do combustível. “No momento, o etanol está no vale da morte.” Segundo ele, o país não conta com diagnóstico independente sobre a realidade do setor, mas precisaria contar com essa ferramenta, colaboração de peso na compreensão da realidade dos segmentos econômicos.

“Em 2013, houve dois aumentos efetivos dados pela Petrobras que chegaram ao consumidor final. O preço da gasolina nos preocupa porque somos concorrentes desse combustível nos posto de abastecimento”, observa Mário Campos, presidente executivo do Siamig. “A queda no preço do açúcar deixou de compensar as perdas no preço do etanol e nem o bom resultado de 2013/2014 foi suficiente para impedir que os balanços fossem ruins. Hoje, a situação entre as usinas é heterogênea”, diz a presidente da Unica, Elizabeth Farina.

Com o fechamento de muitos grupos, o número de trabalhadores que perderam seu emprego chega a 30 mil desde 2008. “Além disso, a dívida média do setor já está superando o faturamento bruto anual das empresas. Cerca de 20% da receita está comprometida apenas com o pagamento do serviço da dívida”, calcula a presidente da Unica. (ZF e MC)


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