Especialista do setor e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE/FGV), Mauro Lopes aponta que o perfil da dívida das usinas de açúcar e álcool é apertado e inviabiliza novos investimentos, arrastando também consigo outro problema: a geração de energia. Segundo ele, existem três preços que não deveriam sofrer interferências: da gás, da energia e do combustível. “No momento, o etanol está no vale da morte.” Segundo ele, o país não conta com diagnóstico independente sobre a realidade do setor, mas precisaria contar com essa ferramenta, colaboração de peso na compreensão da realidade dos segmentos econômicos.
Com o fechamento de muitos grupos, o número de trabalhadores que perderam seu emprego chega a 30 mil desde 2008. “Além disso, a dívida média do setor já está superando o faturamento bruto anual das empresas. Cerca de 20% da receita está comprometida apenas com o pagamento do serviço da dívida”, calcula a presidente da Unica. (ZF e MC)