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Estado de Minas

Site promete unir e ajudar pessoas com dívida

Nova ferramenta usa modelo de vendas coletivas para intermediar negociações entre consumidores e credores


postado em 30/03/2014 06:00

Mario Alves, do Papa Dívidas, prepara entrada do site no Sudeste em abril(foto: Arquivo Pessoal - )
Mario Alves, do Papa Dívidas, prepara entrada do site no Sudeste em abril (foto: Arquivo Pessoal - )

A inflação e o aumento dos juros têm minado a capacidade de consumo e pagamento das famílias. No mês passado, a inadimplência do consumidor avançou pelo quarto mês consecutivo no país e começou o ano com alta de 1,1% na comparação com dezembro de 2013, segundo dados do Serasa Experian. Em Belo Horizonte, a alta foi de 5,94% no último ano, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). Sem poder pagar as contas em dia, consumidores têm buscado alternativas para renegociar as dívidas. De olho nessa demanda, empresas com base tecnológica e instituições de proteção ao crédito aproveitam a demanda para lançar novos produtos na internet, indo além dos feirões.

Uma das novidades é o Papa Dívidas, site cujo objetivo é organizar grupos de devedores (pessoas físicas) com o objetivo de renegociar dívidas coletivamente, mantendo, ao mesmo tempo, a privacidade de quem quer quitar os débitos. A iniciativa pioneira no país funciona há dois meses e tem recebido investimentos para acelerar a ideia, que deve ganhar força quando chegar ao Sudeste, em abril. “Queremos deixar o sistema redondo para fechar as parcerias com as empresas de forma mais rápida e atender a demanda dos consumidores”, diz. “Vamos chegar em abril com 1 mil negociações realizadas”, acrescenta.

Atualmente, o site conta com quatro empresas parceiras e 1 mil usuários, segundo o diretor-executivo, Marlon Alves. Entre os negócios que embarcaram na ideia, uma empresa de cartões de crédito, uma de cobrança e uma rede de escolas profissionalizantes. Entre os benefícios para as empresas que se dispõem a fazer acordos com os consumidores ele destaca a redução dos custos no processo de cobrança. “Estimamos que 22% do valor de uma dívida fica retido nos custos de cobrança. Ou seja, nas várias ligações que o operador faz para o consumidor. Nossa proposta é reduzir isso”, garante.

O site propõe às empresas, também como benefício, o volume a ser negociado. “Ou seja, com mais pessoas dispostas a pagar a dívida a empresa economiza e ainda gera mais produtividade na redução da inadimplência”, lembra. Em contrapartida, a empresa se compromete a oferecer um valor mais baixo para o consumidor em função da redução de seus custos. Os usuários da ferramenta, segundo ele, têm idade média entre 22 e 30 anos. Já o perfil das dívidas fica concentrado nos débitos de maior tempo. Do total das dívidas cadastradas no site, 26% têm um ano de atraso, 29% têm mais de dois anos. “O mercado tem mostrado interesse nessas informações, porque quanto mais tempo tem a dívida, mais difícil é negociar”, lembra o CEO.

SERASA No ar desde outubro do ano passado, o Limpa Nome Online tem proposta parecida, mas sem o conceito coletivo, e reúne milhares de negociações. Segundo balanço do Serasa Experian, responsável pela criação da ferramenta, 110 mil pessoas buscaram a quitação em janeiro. Além delas, 170 mil se cadastraram com o objetivo de saber se tinham pendências, acompanhar sua situação financeira, ou mesmo fazer o planejamento futuro para o pagamento de dívidas. No total, 27 mil consumidores pagaram pendências financeiras atrasadas, movimentando cerca de R$ 105 milhões. Do total de acessos ao serviço em janeiro, 39% vieram do estado de São Paulo, seguidos por 10,9% do Rio de Janeiro e 8,5% de Minas Gerais.


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