(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Mais etanol não desgasta motor, diz associação

União da Indústria de Cana-de-Açúcar rebateu declarações do presidente da Anfavea de que o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, de 25% para 27,5% trará prejuízos ao consumidor


postado em 12/04/2014 08:37 / atualizado em 12/04/2014 08:54

Na lista de benefícios que a mudança traria estão, por exemplo, o impacto positivo nas contas da Petrobras, ao reduzir a necessidade por produção ou importação de gasolina(foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)
Na lista de benefícios que a mudança traria estão, por exemplo, o impacto positivo nas contas da Petrobras, ao reduzir a necessidade por produção ou importação de gasolina (foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) rebateu nesta sexta-feira (11) declarações do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes e Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, de que o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, de 25% para 27,5% trará prejuízos ao consumidor.

A Unica afirma que não há risco de desgaste das peças, pois “são produzidas com amplas tolerâncias”. Em estudo a ser entregue ao governo, a Anfavea afirma que há possibilidade de maior desgaste nos componentes metálicos e de borracha nos carros a gasolina, além de dificuldade na partida.

A Unica é autora da proposta de aumento da mistura e discute o tema com o governo desde janeiro. A entidade também contesta, entre outros itens, a afirmação de que a medida vai gerar aumento de 20% nas emissões de aldeídos e de 75% nas de NOx (óxidos de nitrogênio).

Segundo a entidade que representa os usineiros, eventuais aumentos de emissões ficariam em torno de 15% para aldeídos e abaixo de 20% para o NOx. “Juntos, os impactos ambientais positivos com a mistura de 27,5% superam largamente o eventual aumento de emissões que poderia ocorrer”, informa em nota.

Na lista de benefícios que a mudança traria estão, por exemplo, o impacto positivo nas contas da Petrobrás, ao reduzir a necessidade por produção ou importação de gasolina, e o impacto positivo para a balança comercial, além da melhora da qualidade do ar.

“A entidade entende que os argumentos de Moan não batem com dados que estão disponíveis”, diz o diretor de comunicação corporativa da Unica, Adhemar Altieri. Procurada, a Anfavea não se pronunciou.

O aumento da mistura - nunca utilizada nessa proporção - está sendo avaliado pelos Ministérios da Agricultura e de Minas e Energia. O objetivo, segundo o governo, é atenuar o impacto do preço da gasolina para o consumidor e ajudar os produtores de cana-de-açúcar.

Segundo a Unica, há estimativas de que o setor pode perder de 40% a 50% das exportações de etanol anidro para os Estados Unidos neste ano. Aumentar a mistura seria uma forma de absorver essa demanda.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)