O novo presidente da Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (Abvcap), Fernando Borges, disse nesta segunda-feira, que o investidor de private equity busca captar as condições do País no longo prazo, sendo menos influenciado pelo cenário macroeconômico atual. "O investidor de private equity é muito diferente do de Bolsa ou de renda fixa. Ele foi muito menos eufórico há dois anos ou três anos e é menos pessimista agora", disse ele após participar do Congresso Abvcap-2014, no Rio.
Para Borges, quem participa dessa indústria "aposta que o País tem perspectivas e fundamentos positivos para os próximos 15, 20 anos ou não investe". "É outra visão", diz. Segundo Borges, não é surpresa que no momento em que o País está "apanhando do ponto de vista macroeconômico", grandes negócios foram feitos nos últimos 12 meses.
"É o momento daquele investidor que não está olhando os próximos seis meses, mas sim a perspectiva de colocar dinheiro em condições mais atrativas em um cenário de cinco anos ou dez anos". No caso dos investidores estrangeiros, cita que há uma influência da volatilidade do dólar, mas avalia que já houve uma correção significativa. "Se a correção é suficiente, se vai ter mais, ninguém consegue prever, mas já houve uma correção que deixou o País mais atrativo."