(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Dólar sobe no embalo do Fed

Com feriado prolongado no Brasil e Livro Bege apontando recuperação nos Estados Unidos, moeda tem alta de 0,15%


postado em 17/04/2014 00:12 / atualizado em 17/04/2014 07:34

O dólar teve nova alta frente ao real e terminou os negócios cotado a R$ 2,24 para venda, ontem. A elevação, de 0,15% em relação ao dia anterior, foi impulsionada pela decisão dos investidores de montar posições para se protegerem antes do feriado prolongado – o mercado brasileiro não vai funcionar na sexta e na segunda-feira – e por informações sobre a continuidade da recuperação econômica dos Estados Unidos, divulgadas pelo Federal Reserve (Fed), o banco central do país.

O Livro Bege, publicação que reúne indicadores de várias regiões, mostrou que a economia dos Estados Unidos ganhou fôlego nas últimas semanas, superando o período em que foi duramente afetada pelas baixas temperaturas do inverno. Oito dos 12 distritos pesquisados pelos analistas da instituição reportaram crescimento “modesto a moderado”. O documento relatou, ainda, que os gastos do consumidor e a atividade industrial aumentaram na maior parte das localidades e que as vendas de automóveis subiram em sete distritos.


A informação ajudou a alta do câmbio porque, quanto mais rápida for a retomada norte-americana, mais cedo o Fed poderá acabar com o programa de estímulos, pelo qual vem despejando US$ 55 bilhões mensalmente na economia, e dar inicio à elevação das taxas de juros, que vêm sendo mantidas perto de zero desde a crise de 2008. Se a política for revertida, os capitais que se espalharam pelo mundo nos últimos anos tendem a retornar aos EUA, num movimento que resultará na valorização da divisa. Até o momento, o Brasil tem se beneficiado do ingresso de recursos. Só na semana passada, segundo o Banco Central, o país registrou entrada líquida de US$ 2,9 bilhões.

Após a divulgação do relatório do Fed, no entanto, a presidente da instituição, Janet Yellen, reduziu as expectativas sobre uma rápida normalização da política monetária norte-americana. Em discurso para uma seleta plateia de investidores, no Clube Econômico de Nova York, ela afirmou que a economia dos EUA parece estar evoluindo lentamente na direção do pleno emprego, mas ainda precisa da ajuda do banco central por algum tempo.

“Estamos vendo um progresso bastante significativo, apesar de, claramente, o objetivo não ter sido atingido neste momento”, afirmou Yellen. “Quanto maior a diferença do emprego ou da inflação de suas respectivas metas, e quanto mais lento o progresso nessa direção, por mais tempo a atual faixa para a taxa de juros deve ser mantida”, disse Yellen.

Foi o segundo pronunciamento público da economista desde que assumiu a presidência do Banco Central dos EUA. No mês passado, ela chegou a mencionar um período de seis meses como o “horizonte relevante” depois do qual poderia haver mudanças na política do Fed. Desta vez, não mencionou prazos.

Critérios

O Federal Reserve trabalha com duas metas básicas: alcançar o nível máximo de emprego sustentável e manter a inflação dos Estados Unidos em 2%. Atualmente, a variação do custo de vida para o consumidor está pouco acima de 1% ao ano. Ontem, Janet Yellen explicou que a decisão de apertar a política monetária não será baseada apenas em um indicador econômico, mas na “variedade de informações sobre o mercado de trabalho, inflação e desenvolvimentos financeiros”.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)