O Brasil criou 13.117 empregos formais em março deste ano, uma queda de 88,2% em relação ao mesmo período de 2013, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira, 17, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Foi também o menor desempenho para o mês desde 1999. Apesar disso, o ministro Manoel Dias disse que está mantida a previsão de geração de 1,5 milhão de vagas formais até o final do ano.
O número é o resultado da diferença entre 1.767.969 contrações e 1.754.852 demissões e ficou abaixo das expectativas dos analistas. Em fevereiro, haviam sido criados 260,8 mil postos com carteira assinada, sem ajuste.
No ano, contudo, foram geradas 344.984 empregos formais. O saldo é superior às 306.068 vagas geradas no primeiro trimestre de 2013. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, em 12 meses foram gerados 1.027.406 postos.
Setores
O setor de serviços terminou março com 37.453 vagas criadas e foi o principal gerador de empregos no mês. Na indústria, o resultado foi a criação de 5.484 mil postos de trabalho.
Entre os setores que demitiram, o comércio liderou, com 26.251 desligamentos, seguido pela agricultura (5.314 cortes). Já a construção desligou 2.231 trabalhadores no mês.
Os problemas climáticos verificados em algumas regiões do País, especialmente a seca na região Sul, foram responsáveis por impactar também a geração de empregos do agronegócio brasileiro. As demissões também refletem o fim da safra, de acordo com Dias. "Estamos vivendo o período entre safras, com o Brasil batendo recordes de produção", comentou. "O Nordeste tem ainda hoje regiões que vivem sob a seca e, no Norte, as chuvas. Mas o maior número de pessoas desempregadas foi pelo fim da safra", afirmou.