O fantasma da inflação parece assombrar até mesmo as balas vendidas nos semáforos de Belo Horizonte. Nas últimas semanas, o pacotinho ofertado nos retrovisores saltou de R$ 1 para R$ 2, alta de 100%. O aumento foi observado pelo diretor-executivo do site Mercado Mineiro, Feliciano Abreu.
Segundo ele, há duas justificativas para a alta: ou custo da bala realmente subiu ou a falta de circulação das moedinhas pesou na hora do troco. “Não são só a gasolina, a carne e o tomate que estão mais caros. As mínimas coisas também chamam a atenção e acabam pesando o bolso do consumidor. Além disso, muitos vendedores aumentam os preços no embalo da alta geral”, disse.
No entanto, nas lojas de atacado consultadas pelo em.com.br, o preço do pacote da mesma balada não sofre alteração há pelo menos dois anos. O pacote com 700 gramas sai, em média, por R$ 5,99.
Nos últimos meses, a inflação, puxada principalmente pelo preços dos alimentos, vem desafiando o orçamento familiar e tirando o sono do governo em ano de eleição. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março ficou em 0,92%, e só o item alimentos teve alta de 2,06%. Alguns produtos mostraram aumento bem maior. O tomate subiu 31,72% neste ano. A batata, 17,27%. Nos sacolões e supermercados da capital mineira, o quilo do tomate chega a ser vendido por mais de R$ 7 e o da batata por R$ 5.