Os bancos brasileiros ficaram mais cautelosos com a Argentina e Europa, ao mesmo tempo em que aumentaram a exposição nos Estados Unidos e outros países da América Latina, como Chile e Uruguai, mostram dados do Banco Internacional de Compensações (BIS), espécie de banco central dos bancos centrais, divulgado nesta quinta-feira.
A exposição total dos bancos brasileiros no exterior fechou 2013 em US$ 119 bilhões, mesmo nível do final do terceiro trimestre do ano passado, mas acima dos US$ 98 bilhões do fechamento de 2012.
Considerando a comparação do quarto trimestre de 2013 com o terceiro período do ano passado, a exposição dos bancos brasileiros na Argentina caiu de US$ 6 bilhões para US$ 5 bilhões. Ao mesmo tempo, a do Chile subiu de US$ 14,1 bilhões para US$ 14,6 bilhões. No Uruguai, a exposição passou de US$ 2,9 bilhões para US$ 3,5 bilhões.
Além de aumentar a exposição a outros mercados da América Latina que não a Argentina, os bancos do Brasil também ficaram mais expostos aos EUA, mostram os dados do BIS. A exposição aumentou de US$ 26,8 bilhões no final do terceiro trimestre do ano passado para US$ 29,2 em dezembro.
Com a Europa ocorreu o oposto e as instituições financeiras brasileiras reduziram a exposição ao mercado local de US$ 37,4 bilhões para US$ 36,4 bilhões, considerando os países europeus desenvolvidos. Um dos destaques foi o corte na Suíça, de US$ 4,2 bilhões para US$ 2,5 bilhões. A exposição também caiu em países como Holanda, França e Reino Unido. Em Portugal ficou estável e na Alemanha aumentou.