O Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos de Minas Gerais (Sincodiv) se reuniu com representantes das revendas de Belo Horizonte para discutir ações de segurança durante a Copa do Mundo. A ação é para evitar vandalismo como o que ocorreu no ano passado, durante protestos na Copa das Confederações, que causou prejuízo de R$ 16 milhões às revendedoras localizadas na Região da Pampulha, como na Avenida Antônio Carlos.
De acordo com o vice-presidente do Sincodiv, Camilo Lucian Hudson Gomes, na reunião foram discutidas ações preventivas que deverão ser tomadas para preservar não apenas as lojas, mas também o emprego de dezenas de funcionários que trabalham no entorno do Mineirão, onde ocorrerão os jogos. “Não temos como suportar mais uma depredação como a que sofremos no ano passado. O setor já passa por momentos difíceis, com vendas em baixa e estoques muito altos. Temos que evitar qualquer tipo de prejuízo”, afirmou.
Ainda de acordo com Camilo, a maior preocupação dos revendedores é que nenhum deles consegue contratar um seguro para arcar com os prejuízos relacionados aos atos de vandalismo. “Quem arca com tudo são as próprias concessionárias, nenhum seguro consegue cobrir. Foram mais de R$ 16 milhões de prejuízo no ano passado e tem loja que até hoje está fechada, nem sei se vai reabrir um dia”, completa.
Na época, várias concessionárias entraram com ação na Justiça contra a Polícia Militar de Minas Gerais que, segundo o Sincodiv, em momento algum tentou ou tomou providência para impedir a ação dos marginais. “Só na Automark Veículos, que ficava na Avenida Antônio Carlos, o prejuízo foi de R$ 4 milhões e os vândalos destruíram a loja durante três horas. Até hoje a loja não foi reaberta”, ressalta Camilo.
O vice-presidente do Sincodiv afirma que vai pedir uma reunião com o Comando de Policiamento da Capital para reforçar a segurança na região caso ocorram novos protestos durante a Copa do Mundo. O Comando de Policiamento da Capital, informou, por meio da coronel Cláudia Romualdo, que ainda não havia sido contatado pelo sindicato. No entanto, a coronel adiantou que uma reunião com os lojistas da região é uma das ações previstas para reforçar tanto a segurança do patrimônio como da população.