A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou hoje reajuste de 17,51% para os consumidores residenciais atendidos pela Companhia Energética de Pernambuco (Celpe). Para as indústrias, o reajuste será 17,86%. O aumento vale a partir de amanhã para as 3,3 milhões de unidades consumidoras de 185 municípios pernambucanos.
Segundo o relator da matéria, diretor André Pepitone, o pleito da empresa era que o aumento fosse de 18,13%. O deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) fez a sustentação oral durante a reunião da diretoria, na condição de representante dos consumidores.
Ele disse que o serviço tem piorado nos últimos anos. “A empresa não investe os lucros na melhoria da qualidade dos serviços e na modernização”, disse. Ele também ressaltou os altos índices de acidentes na rede elétrica da empresa.
O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, garantiu que a agência está atenta à qualidade dos serviços das distribuidoras. Rufino explicou que o custo da compra da energia tem tido impacto nos últimos reajustes tarifários, por causa do uso maior de termelétricas. “Esperamos que nos próximos reajustes a situação se reverta”, disse.
No ano passado, a revisão das tarifas da Celpe resultou em aumento de 0,79% nas tarifas residenciais. O reajuste anual das distribuidoras é calculado de acordo com a variação de custos que a empresa teve no decorrer do período. A fórmula de cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), e o fator que subtrai os ganhos de produtividade, e outros custos, como energia comprada de geradoras, encargos de transmissão e encargos setoriais. Quando a distribuidora passa pelo processo de revisão tarifária, não se aplica o reajuste anual previsto nos contratos.