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Estado de Minas

PIB dos EUA tem expansão de 0,1% no 1º trimestre

Economia americana registra um dos ritmos mais fracos em cinco anos


postado em 30/04/2014 10:24 / atualizado em 30/04/2014 10:28

O crescimento da economia dos EUA se desacelerou no primeiro trimestre de 2014 ao um dos ritmos mais fracos em cinco anos, tendo em vista que o inverno severo no país aparentemente afetou os investimentos das empresas e a fraqueza em outros locais prejudicou as exportações.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu a uma taxa anual sazonalmente ajustada de 0,1% no primeiro trimestre, de acordo com dados do Departamento do Comércio. Economistas consultados pelo The Wall Street Journal haviam previsto uma expansão a um ritmo de 1,1% para o trimestre.

A ampla desaceleração no começo deste ano parece ter interrompido a sequencia positiva observada em grande parte de 2013. No segundo semestre do ano passado, a economia cresceu a um ritmo de 3,4%. O crescimento na primeira leitura para o PIB nos três meses até março ficou bem abaixo até mesmo do avanço anual médio de cerca de 2% observado desde que a recessão acabou.

O relatório do PIB ofereceu o primeiro indicador oficial da produção da economia entre janeiro e março, meses que foram afetados por um clima severo em grande parte do país. As baixas temperaturas devem ter desacelerado os gastos dos consumidores em bens, que cresceram a um ritmo de 0,4% durante o trimestre. Mas as famílias gastaram mais em serviços - incluindo energia para aquecer as suas casas e cuidados de saúde - fazendo com que o consumo total das famílias subisse a um ritmo de 3,0%, apenas um pouco abaixo da taxa do quarto trimestre de 3,3%.

No entanto, os gastos das empresas em itens como equipamentos, edifícios e propriedade intelectual recuou a um ritmo de 2,1% nos primeiros três meses do ano. Essa foi a primeira queda em um ano e reverteu, em parte, o ganho de 5,7% no período anterior. O abrandamento do investimento coincidiu com a contratação mais fraca durante o trimestre.


As exportações dos EUA caíram a um ritmo de 7,6% no primeiro trimestre. Essa foi a maior queda desde que a recessão acabou. A baixa nas exportações mostram que as economias instáveis da Europa e da Ásia estão gerando uma demanda fraca por bens e serviços dos EUA. As importações para os EUA diminuíram a um ritmo de 1,4%, refletindo a fraca demanda dos consumidores por produtos estrangeiros.

Os números mais recentes mantêm um padrão familiar. A recuperação econômica do país, que começou em meados de 2009, foi marcada tanto pela sua oscilação quanto seu ritmo lento.

Em vários momentos, trimestres consecutivos fortes levantaram esperanças de uma recuperação acentuada, mas foram abalados por uma desaceleração em seguida. Os ganhos totais foram muito fracos para baixar a taxa de desemprego, de acordo com normas históricas. A taxa de desemprego ficou em março em 6,7%, considerada ainda elevada.

No entanto, muitos economistas acreditam que o recuo do primeiro trimestre foi algo temporário. Eles acreditam que a demanda desacelerou no inverno e pode se acelerar no ano.

Detalhes do relatório desta quarta-feira ofereceram certas evidências de tal recuperação. Os gastos dos consumidores em grande parte se sustentaram, registrando o segundo aumento trimestral mais forte desde 2010.

A mudança nos estoques privados subtraiu 0,57 ponto porcentual do crescimento, mostrando que as empresas deixaram a oferta recuar. Estoques fracos podem causar indústrias a aumentar a produção futura a fim de atender a demanda.

A medição do PIB que exclui alterações nos estoques teve uma expansão a um ritmo de 0,7% no primeiro trimestre. Isso se compara com uma taxa de 2,7% no quarto trimestre.

Gastos totais do governo continuaram a ser um peso, mas os gastos federais fizeram uma contribuição positiva para o crescimento pela primeira vez em seis trimestres. O ritmo de gastos do governo federal havia sido quase sempre um empecilho para o crescimento desde o final de 2010, porque as medidas de estímulo decretadas durante a recessão foram substituídas por cortes no orçamento.

Com a amenização do efeito de cortes no orçamento, os gastos federais devem impulsionar o crescimento este ano. Gastos federais aumentaram a um ritmo de 0,7% no primeiro trimestre em comparação com um declínio de 12,8% no quarto trimestre de 2013, que incluiu uma paralisação de 16 dias do governo.


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